A Nigéria impôs limites nesta semana às retiradas de dinheiro físico, em um movimento para impulsionar os consumidores para as alternativas, incluindo sua própria Moeda Digital do Banco Central (CBDC), a eNaira.
Em uma carta aos bancos e outras instituições financeiras publicadas na terça-feira, o Banco Central da Nigéria (CBN) aplicou novos limites às retiradas de balcão a apenas ₦ 100.000,00 (cerca de US$ 225) por semana para indivíduos e ₦ 500.000,00 (US$ 1.123) para empresas.
A retirada de dinheiro dos caixas eletrônicos será limitada a ₦ 20.000,00 (US$ 45) por dia, com apenas notas de 200 (US$ 0,45) e denominações menores disponíveis nas máquinas.
Em alguns casos, os clientes poderão retirar quantias mais elevadas, mas terão de pagar taxas de processamento entre 5% e 10%.
A medida foi justificada na carta como estando de acordo com “a Política de incentivar menos dinheiro físico do BC da Nigéria.”
O diretor de Supervisão Bancária do Banco Central, Haruna B. Mustafa, escreveu que os clientes “devem ser incentivados a usar canais alternativos (Internet Banking, aplicativos bancários móveis, cartões USSD/POS, eNaira, etc.) para realizar as suas operações bancárias.”
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Início lento para a eNaira da Nigéria
A eNaira foi lançado em outubro do ano passado, mas acredita-se que menos de 0,5% dos nigerianos estejam utilizando a CBDC. O número é bem pequeno se comparado com as estimativas de residentes que detêm ou negociam criptomoedas, que variam de 27% a mais de 50% , mesmo com a proibição formal de negociação de criptoativos no país.
O CBN ofereceu vários incentivos para impulsionar a popularidade da CBDC, incluindo um esquema de descontos para os usuários de táxis riquixá motorizados. Em agosto, esse esquema também foi aberto às pessoas sem contas bancárias.
Quando foi lançado, o eNaira foi a primeira moeda digital soberana da África, e o seu progresso tem sido acompanhado de perto para indicadores de como outros projetos CBDC poderiam acontecer. Em outubro deste ano, o CBN marcou o primeiro aniversário da moeda, observando que o lançamento “colocou a Nigéria no centro das atenções globais.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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