MP da Paraíba volta a investigar Braiscompany após arquivar primeiro processo

Segundo MPPB, “a Braiscompany não compareceu” a uma audiência marcada na última quinta-feira
Fachada da Braiscompany em Campina Grande PB- Portal do Bitcoin

Fachada da sede da Braiscompany em Campina Grande, na Paraiba (Foto: Portal do Bitcoin)

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está investigando — novamente — a suposta empresa de investimentos em criptomoedas Braiscompany em decorrência de denúncias de clientes feitas ao órgão. A apuração das queixas foi confirmada pela assessoria do MPPB em nota enviada ao Portal do Bitcoin nesta segunda-feira (06).

“O procedimento foi instaurado no último dia 26 de janeiro, tendo o representante do Ministério Público da Paraíba (MPPB) tomado as providências extrajudiciais com vistas à conciliação, inclusive, com a designação de audiência na última quinta-feira (2/2), à qual a Braiscompany não compareceu”, disse o órgão.

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Segundo nota do MP, à frente das investigações está o promotor de Justiça de Campina Grande e diretor-regional do MP-Procon, Sócrates da Costa Agra, que “está apurando denúncias de alguns investidores que não estariam recebendo as remunerações acordadas em contratos com a empresa Braiscompany”.

MP e Braiscompany

Trata-se da segunda vez que o órgão público abre uma investigação com o esquema de Antonio Ais. A primeira foi feita a partir de uma denúncia feita em 2020 por uma pessoa e encerrada em setembro de 2022, poucos meses antes de Braiscompany parar de pagar os clientes.

Na época, o MP alegou que não havia consumidores lesados e por isso o caso não foi adiante.

Segundo apurou o site maisPB um dos casos se refere a uma mulher que provocou o MP apontado quebra de contrato.

A próxima fase do MPPB acerca do caso pode ser a de acionar a empresa de Antonio Neto Ais na justiça, caso o promotor ache necessário, por meio de uma ação civil pública, a fim de “garantir os direitos dos consumidores lesados, como também a reparação do dano coletivo que porventura tenha sido causado”.

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“A empresa prestou defesa evasiva. Diante disso, o Ministério Público dará seguimento à apuração dos fatos denunciados”, comentou na nota o promotor.

Atraso de pagamentos na Braiscompany

Pelo menos desde dezembro de 2022 os depósitos dos rendimentos dos clientes da Braiscompany estão atrasados, o que gerou filas de investidores na porta da sede da companhia em Campina Grande, na Paraíba.  

Nesse cenário, a equipe da Braiscompany, liderada pelo casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, chegou a jogar a culpa dos problemas na corretora Binance, que supostamente estaria colocando travas em saques e liquidações da empresa.

Outro ponto é que a provável crise na empresa parece não atrapalhar os negócios, já que Ais teve tempo para promover uma partida de futebol com o ex-craque Ronaldinho Gaúcho, enquanto o negócio tem contas bloqueadas devido ao não pagamento do aluguel de um imóvel.

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