Os mineradores de Ethereum acumularam pela primeira vez US$ 1 bilhão em receita, segundo dados coletados pelo The Block Research. O marco, que ocorreu agora em fevereiro, inclui aproximadamente US$ 541 milhões na forma de taxas de transação, que são recolhidas a cada novo bloco criado.
De acordo com o The Block, a receita com taxas foi impulsionada por transações elevadas na rede Ethereum, bem como por aumentos do preço das criptomoedas até então nunca vistos para o mês.
Vale lembrar que o setor vinha dando sinais de quebra de recordes já no início do mês. No dia 05 de fevereiro, por exemplo, os mineradores de ethereum faturam US$ 3,5 milhões em apenas uma hora.
Ethereum em alta
Os números também refletem o ambiente em alta para a mineração de ETH, conforme demonstrado pela recente escassez global de chips de mineração. Devido a isso, surgiram novos movimentos, como de alguns mineradores da China que acabaram usando hardwares de notebooks.
Contudo, o setor de mineração para ethereum pode sentir algum alívio depois do anúncio da fabricante de hardware para jogos Nvidia. Na semana passada, a empresa revelou uma nova GPU — NVIDIA CMP — voltada especificamente para a mineração da criptomoeda e que pode ser lançada ainda neste primeiro trimestre.
O novo processador de mineração é puramente focado no poder de computação e não foi projetado para lidar com gráficos. A falta de saídas de vídeo visa melhorar o fluxo de ar, e tensões de núcleo mais baixas supostamente aumentam a eficiência.
Sobre isso, a empresa disse que eles são construídos para satisfazer as “necessidades específicas da mineração de Ethereum” e “não atendem às especificações exigidas de uma GPU GeForce e, portanto, não impactam a disponibilidade de GPUs GeForce para os jogadores”.
O preço do ethereum ultrapassou a marca de US$ 2 mil pela primeira vez na semana passada. Nesta segunda-feira (2), a criptomoeda é negociada na faixa dos US$ 1.730, segundo dados do Coinmarketcap; no Brasil, a cerca de R$ 9,5 mil.