O marasmo ainda domina as negociações no mercado de criptomoedas nesta sexta-feira (11), enquanto os principais índices acionários oscilam diante de comentários de contínuo aperto monetário nos EUA e preocupação com o endividamento de construtoras na China.
O Bitcoin (BTC) recua 0,4% nas últimas 24 horas, para US$ 29.375,06, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC tem queda de 0,72%, cotado a R$ 143.928,25, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) mostra pouca variação, em baixa de 0,1% e negociado a US$ 1.847,20.
XRP anda de lado após voltar a ser listado na corretora Gemini, cotado a US$ 0,63. O token emitido pela Ripple chegou a subir para US$ 50 nesta madrugada devido à baixa liquidez nas horas seguintes à listagem e a uma grande ordem de um comprador, o que elevou a capitalização da criptomoeda para trilhões de dólares por alguns minutos, de acordo com o CoinDesk.
Solana (SOL) também mostra estabilidade nas últimas 24 horas. O smartphone Solana Saga, que opera no Android, teve uma redução significativa de preço, de US$ 1.000 para US$ 599.
A Solana Mobile, uma subsidiária da Solana Labs, disse no Twitter que o corte de US$ 400 é “o próximo passo para obter uma adoção mais ampla da web3 móvel e continuar a melhorar a experiência para a comunidade móvel de Solana”. No entanto, as fracas vendas do smartphone desde os picos de abril e maio podem estar por trás da decisão, segundo o site Blockworks.
Shiba Inu (SHIB) vai na contramão do mercado e sobe 2% nas últimas 24 horas, com valorização de 20% em sete dias. Analistas dizem que a atividade de desenvolvedores aumentou no aguardo do lançamento da rede Shibarium neste mês e do projeto de verificação de identidade digital anunciado recentemente.
Outras altcoins andam de lado nesta manhã, entre elas BNB (-0,6%), Dogecoin (-0,0%), Cardano (-0,7%), Polygon (-0,7%), Polkadot (-0,4%) e Avalanche (-0,5%).
Bitcoin hoje
Na quinta-feira (10), traders de ações se animaram com os dados sobre a inflação nos EUA, mas no mercado de criptomoedas a reação foi morna.
O núcleo do índice dos preços ao consumidor, que exclui os custos voláteis dos alimentos e energia, subiu 0,2% pelo segundo mês, mostraram dados do Escritório de Estatísticas Trabalhistas. O resultado marcou os menores ganhos de preços seguidos em mais de dois anos e reforçou a expectativa de que o banco central americano vai fazer uma pausa no aperto monetário na reunião de setembro.
No entanto, a euforia durou pouco. Mesmo diante dos dados positivos, a presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, disse que a instituição ainda tem “mais trabalho a fazer” para combater os preços crescentes.
De qualquer forma, o Bitcoin tem reagido sem muita força ao cenário macroeconômico, com ralis de curta duração.
Ao CoinDesk, analistas apontaram vários fatores para essa tendência, como a incerteza em relação à aprovação de um fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista, realização de lucros de mineradoras e baixo número de novos participantes no varejo.
No entanto, o chamado Índice de Ganância e Medo do Bitcoin, calculado pela Matrixport, pode sinalizar um rali no horizonte. O indicador se recuperou e deu um salto de 30% para 60%, depois de cair de 90% em julho. Leituras acima de 90% refletem otimismo em relação aos preços, enquanto abaixo de 10% representam medo extremo ou pessimismo.
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Disputa entre novo comando da FTX e credores
Os administradores da exchange cripto FTX, atualmente em recuperação judicial, criticaram traders e formadores de mercado, acusados de buscar o controle dos ativos em detrimento do impacto a outros interessados, de acordo com a Bloomberg.
A disputa veio à tona após a proposta de reorganização apresentada no mês passado pela equipe sob o comando do novo CEO da FTX, John J. Ray III. O comitê oficial de credores sem garantias alegou que não foi consultado e disse que a FTX está perdendo a oportunidade de conseguir melhores retornos com os ativos, que incluem dinheiro e tokens.
Em documento judicial, os advogados dos administradores da FTX disseram que “houve extensas discussões entre representantes de ambos os lados”.
Enquanto isso, a Alameda Research disse que precisa de mais tempo para conseguir apoio em seu processo contra a Grayscale com o objetivo de desbloquear bilhões de dólares em investimentos de dois dos fundos da gestora de ativos.
A afiliada da FTX solicitou até 15 de setembro para responder ao pedido da Grayscale para rejeitar o processo, informou o Decrypt.
A Grayscale é controlada pelo conglomerado cripto Digital Currency Group (DCG), que também é dono do CoinDesk e da plataforma Genesis, alvo de uma ação movida pela corretora cripto Gemini.
A Gemini acusa o DCG e seu CEO Barry Silbert de fazer “representações falsas, enganosas e incompletas” para a Gemini depois que a Genesis entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro. Na quinta-feira, o DCG solicitou à Justiça o arquivamento do processo.
A Gemini e a Genesis tinham uma parceria sob o programa de renda passiva Earn, cujos saques foram bloqueados após a plataforma do DCG pedir proteção contra os credores em meio ao “crash” do mercado no ano passado.
Outros destaques das criptomoedas
O projeto da Worldcoin fechou os três pontos de registro que mantinha no Brasil, informou a Folha de S. Paulo. Com uma proposta ousada que combina máquinas de escaneamento de íris e o lançamento de um token (WLD) em meio a críticas por questões de privacidade e entusiasmo por parte da comunidade, o projeto pagava 25 criptomoedas por autorização pelo rastreamento da íris. Segundo a Folha, os primeiros a se registrarem chegaram a receber mais de R$ 600, quando o token valia US$ 5,3 (cerca de R$ 25,9).
Procurada pelo jornal, a empresa responsável pelo projeto, que conta com o CEO da OpenAI Sam Altman entre os fundadores, disse que o lançamento no Brasil era parte de um teste. “Não planejamos um serviço permanente desta vez”, disse a empresa, sem informar o número de pessoas cadastradas no Brasil. O token Worldcoin é negociado com queda de 5,6% nesta sexta-feira, cotado a US$ 1,70, mostram dados do CoinMarketCap.
A Worldcoin Foundation está na mira de vários reguladores globais. Após ser suspenso no Quênia, o projeto também está sob investigação na Argentina. A Agência de Acesso à Informação Pública “analisará minuciosamente” os processos e práticas usados em relação à coleta, armazenamento e uso de dados pessoais, disse o governo argentino em comunicado.
Uma fusão de gigantes de luxo pode ter importantes implicações para o futuro da tecnologia blockchain no mundo da moda, destaca o Decrypt. Na quinta-feira (10), a Tapestry, o conglomerado dono das marcas Coach e Kate Spade, fechou a compra da Capri Holdings – empresa controladora das grifes Versace, Jimmy Choo e Michael Kors – por cerca de US$ 8,5 bilhões.
O passo da empresa americana é visto como uma tentativa de fazer frente aos conglomerados de luxo europeus como LVMH e poderia influenciar as estratégias para os segmentos de tokens não fungíveis (NFTs) e metaverso, por exemplo, diante da abordagem mais agressiva de marcas europeias nesse campo em contraste com a cautela adotada por companhias dos EUA, aponta a análise.
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