Imagem da matéria: Manhã Cripto: FTX já pode vender R$ 4,2 bilhões em ativos; Tesouro dos EUA quer mais poder sobre mercado cripto 
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As principais criptomoedas passam por uma correção nesta quinta-feira (30) depois do rali que colocou o Bitcoin acima de US$ 38 mil. No mercado acionário, investidores aguardam o indicador de inflação mais acompanhado pelo banco central dos EUA, e apostas de cortes de juros também na zona do euro impulsionam as bolsas europeias. 

Bitcoin tem leve queda de 0,8% 24 horas, para US$ 37.744,75, segundo dados do Coingecko.    

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Em reais, o BTC recua 0,6%, negociado a R$ 185.739,57, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) mostra estabilidade, cotado a US$ 2.032,58.  

As principais altcoins são negociadas sem rumo definido, entre elas BNB (-0,3%), XRP (-1,4%), Cardano (-2%), Solana (-0,6%), Dogecoin (+2,8%), TRON (+0,1%), Toncoin (-0,7%), Polygon (+1,9%), Polkadot (-2,5%), Chainlink (-0,7%), Avalanche (+0,1%) e Shiba Inu (-0,6%).  

Bitcoin hoje 

Apesar da correção nesta quinta-feira, investidores continuam otimistas em relação ao desempenho do Bitcoin e outras criptomoedas nos próximos meses. 

Em entrevista à Bloomberg, o fundador da Galaxy Digital, Michael Novogratz, disse que a maior criptomoeda poderia voltar a níveis recordes a partir do próximo ano, após a possível aprovação de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista no mercado americano. Em novembro de 2021, o Bitcoin atingiu a máxima de US$ 69 mil. 

Vários gigantes de Wall Street aguardam uma resposta da SEC, a CVM dos EUA, para lançar ETFs de BTC à vista. Quem também entrou na fila foi a suíça Pando Asset, que pediu registro na quarta-feira (29). 

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A Grayscale Investments, que controla o GBTC, o maior fundo de Bitcoin do mundo, quer converter seu fundo de BTC em um ETF. À espera de um sinal verde da SEC, a gestora fez mudanças na estrutura de taxas e custódia do fundo. 

Venda de ativos da FTX 

Administradores da massa falida da FTX receberam aprovação judicial para vender ativos da Grayscale e da Bitwise avaliados em quase US$ 873 milhões (R$ 4,2 bi), com o objetivo de reembolsar credores da exchange cripto, que colapsou no ano passado. 

A FTX detém mais de 32 milhões de ações divididas entre cinco fundos da Grayscale – o Bitcoin Trust (GBTC), Ethereum Trust (ETHE), Ethereum Classic Trust (ETCG), Litecoin Trust (LTCN) e Digital Large Cap Trust (GDLC) – e o Bitwise 10 Crypto Index Fund. 

As ações haviam sido avaliadas em US$ 744 milhões em 25 de outubro, mas o valor subiu na esteira do recente rali do Bitcoin e do Ethereum. 

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O uso indevido de fundos de clientes foi um dos fatores que levaram à quebra da FTX e à condenação de seu fundador, Sam Bankman-Fried. 

O tema da segregação patrimonial no setor de criptoativos também preocupa autoridades no Brasil, e a Câmara pode votar um projeto de lei ainda nesta semana sobre o assunto. 

Em artigo no Portal do Bitcoin, o deputado Aureo Ribeiro defende “um arcabouço legal que regulamente e impeça o cometimento de crimes, sem criar travas à inovação legítima”. 

Tesouro dos EUA pede mais poderes sobre mercado cripto 

Nos EUA, o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, alertou que empresas de criptomoedas podem ser banidas da economia americana caso não consigam bloquear fundos ilícitos.  

Em discurso na quarta-feira (29) durante evento organizado pela Blockchain Association, Adeyemo disse que as plataformas cripto precisam se esforçar mais para reduzir o fluxo de financiamento ilícito, reportou a Reuters

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Na terça-feira (28), o governo Biden enviou uma carta ao Congresso pedindo mais poderes para monitorar mercados de criptoativos usados para atividades ilícitas. A proposta poderia abarcar jurisdições além das fronteiras dos EUA, apontou o CoinDesk

“Embora alguns tenham atendido aos nossos apelos e tomado medidas para prevenir atividades ilícitas, a falta de ação por parte de muitas empresas – grandes e pequenas – representa um risco claro e atual para a nossa segurança nacional”, afirmou Adeyemo no evento. 

O vice-secretário do Tesouro americano citou o recente acordo das autoridades dos EUA com a Binance, que foi multada em US$ 4,3 bilhões por violar leis de combate à lavagem de dinheiro e sanções do governo. 

Sem mencionar a Tether, Adeyemo também destacou os riscos de emissores internacionais de stablecoins atreladas ao dólar americano. 

“Não podemos permitir que provedores de stablecoins garantidas em dólar fora dos Estados Unidos tenham o privilégio de usar nossa moeda sem a responsabilidade de implementar procedimentos para evitar que terroristas abusem de sua plataforma”, disse. 

Seguindo uma ordem de autoridades americanas no início deste ano, a Paxos suspendeu a emissão da BUSD, stablecoin que leva a marca Binance. A exchange anunciou que vai encerrar o suporte para o token a partir de 15 de dezembro. 

Outros destaques das criptomoedas 

O Departamento do Tesouro dos EUA sancionou o Sinbad, um serviço de mixagem de criptomoedas acusado de dar suporte a transações de hackers da Coreia do Norte, informou o CoinDesk. O site da Sinbad também foi bloqueado pelo FBI, pelo Serviço Holandês de Inteligência Financeira e Investigação (FIOD), pelo Ministério Público da Holanda e pelo Escritório Nacional de Investigação da Finlândia. 

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Já o Bitcoin Group anunciou medidas para melhorar seu sistema de controle interno, atendendo a ordens da agência reguladora BaFin, que apontou falhas no combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo em sua subsidiária “futurum bank”, segundo a Reuters. “Estamos trabalhando ativamente com a BaFin para resolver rapidamente as debilidades criticadas em nossos processos internos, que não acompanharam o crescimento da empresa nos últimos anos”, disse em comunicado o presidente-executivo do Bitcoin Group, Marco Bodewein. 

Novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Cornell destacou que a mineração de Bitcoin poderia mitigar as mudanças climáticas, acelerando a transição para energias renováveis. Enquanto isso, a startup Mummolin captou US$ 6,2 milhões em uma rodada liderada por Jack Dorsey, fundador do antigo Twitter, para financiar o lançamento da OCEAN, um projeto de mineração descentralizada. 

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