Imagem da matéria: Manhã Cripto: Diretores deixam a Binance em meio a processos; FBI faz batida contra criador da Kraken e Bitcoin recua 3%
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Traders de criptomoedas seguem o mau humor de investidores de ações nesta sexta-feira (7), após dados que mostraram um mercado de trabalho ainda aquecido nos EUA

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O chamado relatório ADP mostrou que o setor privado criou meio milhão de vagas nos EUA em junho. E hoje saem os números do governo sobre o mercado de trabalho americano que, se vierem acima das expectativas, podem reforçar a tese de que o banco central vai voltar a subir os juros no fim do mês. 

O Bitcoin (BTC), que chegou a cair abaixo dos US$ 30 mil na quinta-feira, opera em baixa de 3,2% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 30.114,49, segundo dados do Coingecko.  

Em reais, o BTC opera em queda de 1,2%, negociado a R$ 149.010,29, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) recua 4%, para US$ 1.860,79.   

As principais altcoins também são negociadas em território negativo, entre elas BNP (-3,3%), XRP (-3,1%), Cardano (-3%), Dogecoin (-3,6%), Solana (-1,5%), Polkadot (-3,2%), Polygon (-3,6%), Avalanche (-2,8%) e Shiba Inu (-0,6%), que deve lançar sua rede Shibarium em agosto. 

CEO da Kraken é investigado 

Reportagem do New York Times revela que o FBI fez uma busca em março na residência de Jesse Powell, CEO da exchange cripto americana Kraken, como parte de uma investigação criminal sobre alegações de que ele hackeou e assediou uma organização sem fins lucrativos fundada por ele, disseram três pessoas com conhecimento do assunto. 

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A investigação se concentrou em uma alegação da ONG Verge Center for the Arts de que Powell havia interferido em suas contas de computador, bloqueado o acesso a e-mails e outras mensagens, disseram as pessoas. Agentes do FBI e o escritório do procurador dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia estão investigando Powell desde pelo menos o outono passado, disseram três pessoas com conhecimento do caso. 

Brandon Fox, advogado de Powell, confirmou que o executivo está sendo investigado por promotores federais no norte da Califórnia, mas alega que o executivo “não fez nada de errado” e que a ONG forneceu apenas seu lado nas acusações. 

Saída de executivos da Binance 

Executivos do alto escalão da Binance, maior exchange cripto do mundo, deixaram a empresa, incluindo o diretor de estratégia, Patrick Hillmann, e o diretor sênior de investigações, Matthew Price. De acordo com a Fortune, o motivo seria a abordagem do CEO da corretora, Changpeng “CZ” Zhao, em relação a uma investigação em andamento do Departamento de Justiça dos EUA. Hillman tuitou que estava deixando a corretora “em bons termos” e que é “simplesmente hora de passar para o próximo desafio”. 

A Bloomberg também informou que Yibo Ling, diretor de negócios da Binance, deixou a empresa e a equipe dos EUA recebeu a orientação de se mudar para o exterior ou ser demitida. 

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Em tuíte nesta sexta-feira (7), CZ minimizou a saída dos executivos. 

“Mais ‘FUD’ sobre algumas partidas. Sim, há rotatividade (em todas as empresas). Mas as razões inventadas pelas notícias’ estão completamente erradas”, tuitou CZ. “À medida que os mercados e o ambiente global para criptomoedas mudam, nossa organização evolui e as situações pessoais mudam, há rotatividade em todas as empresas.” 

E prestes a sair do mercado holandês por operar sem autorização, segundo o banco central, a Binance está encaminhando clientes para competidores, conforme o CoinDesk. 

CPI das Pirâmides 

No Brasil, uma nova leva de requerimentos para depoimentos na CPI das Pirâmides Financeiras foi protocolada na quinta-feira (6). O destaque fica por conta do pedido do deputado Gutemberg Reis (MDB/RJ) para que os presidentes dos clubes de futebol Santos e Atlético Goianiense sejam convocados como testemunhas para falarem da relação com o cassino online Blaze.  

Na justificativa, o deputado cita a reportagem que o Portal do Bitcoin produziu em parceria com a rede global de jornalistas que investigam crimes transnacionais OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project). O material aponta que a empresa é acusada em 15 processos judiciais de fraudar clientes brasileiros. 

Enquanto isso, Ronaldinho Gaúcho passou de investigado a testemunha na CPI das Pirâmides Financeiras. 

Batalha Threads x Twitter 

O Twitter ameaça entrar com uma ação legal contra a Meta por causa de sua nova plataforma baseada em texto lançada pelo Instagram, o Threads, acusando a rede social de criar uma cópia do aplicativo, de acordo com o portal Semafor

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Poucas horas depois do lançamento do Threads, Alex Spiro, um advogado do Twitter, enviou uma carta ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg, acusando a empresa de se envolver em “apropriação indevida sistemática, intencional e ilegal dos segredos comerciais do Twitter e outras propriedades intelectuais”. 

Andy Stone, diretor de comunicação da Meta, disse ao Semafor que as acusações do Twitter são infundadas. 

Em meio à disputa, especialistas ouvidos pelo Valor dizem que a captação de dados bancários como condição para inscrição no Threads viola a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), enquanto artigo da Folha aponta cinco motivos pelos quais a nova rede da Meta “não irá bombar”. 

Outros destaques das criptomoedas  

A exchange cripto Bitfinex disse que trabalhou com autoridades para recuperar cerca de US$ 315 mil em dinheiro e criptomoedas roubadas em um ataque de hackers contra a plataforma em 2016, segundo a Bloomberg. O Departamento de Segurança Interna dos EUA recuperou os fundos como parte de um processo em andamento contra indivíduos ligados ao hack, disse a Bitfinex, em comunicado na quinta-feira (6). Quase 120 mil bitcoins foram roubados, avaliados em cerca de US$ 72 milhões na época. Ao preço de mercado atual, o valor sobe para US$ 3,7 bilhões. 

Hackers intensificaram ataques contra projetos cripto nos últimos 12 meses, de acordo com um novo relatório da Immunefi publicado pelo Decrypt. A maioria das invasões atingiu plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), que perderam US$ 228 milhões no segundo trimestre em 79 incidentes. Por outro lado, plataformas centralizadas tiveram prejuízo de US$ 37 milhões no trimestre em dois incidentes. O número total de “hacks” aumentou em 65%, e as perdas por fraude dispararam em 225% entre abril e junho, na comparação anual. 

A Sega, gigante japonesa dos videogames, está reavaliando suas estratégias no mercado de jogos baseados em blockchain, que se tornaram populares com o modelo “play-to-earn” do Axie Infinity. Em entrevista à Bloomberg, o codiretor de operações Shuji Utsumi disse que a empresa vai retirar suas franquias mais famosas de projetos de jogos blockchain de terceiros, como a Sonic The Hedgehog, para evitar a desvalorização do conteúdo. Utsumi descreveu os games play-to-earn como “chatos”: “Qual é o sentido se os jogos não são divertidos?”. 

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