O Bitcoin chegou a ultrapassou US$ 86.800 na quarta-feira (20), subindo quase 5% à medida que os investidores reagiam a sinais de condições financeiras mais flexíveis por parte do Federal Reserve e ao crescente otimismo em relação a um rali impulsionado por liquidez.
No momento da redação desta reportagem, Bitcoin (BTC) subia 2% e era vendido a US$ 85.179. O Índice de Preço do Bitoin (IPB) aponta o ativo cotado em R$ 483.046. O Ethereum (ETH) está quase parado, com valorização de 0,2% e com preço de US$ 1.983.
As altas seguem por quase todo o top 10 das maiores criptomoedas. XRP sobe 7,5% e é vendido a US$ 2,48. Solana (SOL) também tem valorização forte: alta de 3,3% e cotado em US$ 130. BNB (+2,8%), Cardano (1,1%) e Dogecoin (+2%) fecham o ciclo de boas notícias.
Tron (TRX) é o única em queda, com desvalorização de 0,2% e sendo vendido a US$ 0,2295.
O Fed anunciou que reduziria o ritmo de diminuição de seu balanço de US$ 6,8 trilhões, limitando o escoamento de títulos do Tesouro a US$ 5 bilhões por mês, abaixo dos US$ 25 bilhões anteriores.
A medida visa evitar turbulências nos mercados de financiamento em meio às tensões contínuas em torno do teto da dívida.
O banco central também manteve as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,5%, reiterando sua projeção de dois cortes nas taxas ainda este ano, apesar das persistentes preocupações com a inflação.
Condições financeiras mais flexíveis parecem estar impulsionando o apetite por risco. O dólar americano registrou sua terceira maior queda em três dias desde 2015, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro e a volatilidade do mercado de bonds caíram significativamente.
Jamie Coutts, principal analista de criptomoedas da Real Vision, afirmou que essas mudanças podem preparar o terreno para um rali significativo do Bitcoin nos próximos 90 dias.
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“Historicamente, esses sinais frequentemente precederam grandes movimentos do Bitcoin”, disse Coutts.
“Agora, com o Banco Popular da China intensificando as medidas de liquidez, o mercado pode estar subestimando a rapidez com que o Bitcoin pode disparar—possivelmente atingindo novas máximas históricas antes do fim do segundo trimestre—apesar das preocupações persistentes com as tarifas de Trump e uma possível recessão”, acrescentou.
O Banco Popular da China injetou liquidez adicional em seu sistema financeiro nas últimas semanas, reforçando uma tendência global de flexibilização que pode favorecer ativos de risco.
Ao mesmo tempo, a decisão do Federal Reserve de desacelerar seu aperto quantitativo está alinhada com a narrativa mais ampla do mercado de que os ciclos de aperto monetário podem estar chegando ao fim.
Os traders de criptomoedas aproveitaram esses acontecimentos, elevando o Bitcoin junto com os ganhos das ações e do setor de tecnologia.
Ainda assim, incertezas persistem. Inflação, riscos geopolíticos e mudanças na política fiscal sob o governo de Trump podem alterar a trajetória do Fed.
Por enquanto, no entanto, os traders apostam que a liquidez permanecerá abundante, apesar das observações anteriores que indicavam o contrário.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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