O Bitcoin (BTC) voltou a ser negociado na faixa de US$ 66 mil nesta quinta-feira (24), após ultrapassar US$ 67,5 mil brevemente na noite passada (23), enquanto traders tentavam avaliar uma direção de curto prazo para a criptomoeda que quase encostou nos US$ 70 mil no final de semana.
Dados do CoinGecko indicam que o Bitcoin troca de mãos nesta manhã a US$ 66.866, com leve alta de 0,6% no dia. Em reais, o BTC é negociado a R$ 382.749, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Os preços oscilam no restante do mercado de criptomoedas. Enquanto Ethereum (ETH) intensifica suas quedas caindo mais 2,2%, para US$ 2.522, ativos como Solana (SOL) saltam 3,8%, cotado a US$ 172, junto com BNB e Dogecoin, que valorizam 1% no dia.
No mercado mais amplo, uma criptomoeda chamada Aragon (ANT) desponta na 75ª posição no top 100 das criptomoedas, com uma valorização impressionante de 264% nesta quinta.
Para onde vai o Bitcoin?
Para o diretor de investimentos da gestora de fundos cripto Merkle Tree Capital, Ryan McMillin, o recente recuo do Bitcoin após o rali da última semana é um movimento natural, mais ligado a uma busca de liquidez do que a acontecimentos externos, como eleição.
“Não vemos isso necessariamente como ligado às chances de eleição nos EUA se movimentando, mas mais como uma busca natural por liquidez após um grande movimento de alta na semana passada”, disse McMillin ao Decrypt.
A busca por liquidez representa o processo no qual o mercado “elimina” posições alavancadas, particularmente as de traders que apostam em aumento de preços. Essa eliminação é vista como saudável, já que diminui o excesso especulativo do mercado antes que ativos, como o Bitcoin, possam retomar sua tendência de alta.
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“Esperamos testar novamente a resistência de US$ 70.000 em breve, mas podemos ter que esperar até a eleição dos EUA para uma verdadeira ruptura”, afirmou McMillin.
Conforme aponta o especialista, é esperado que a eleição presidencial dos EUA, que acontece em 5 de novembro, tenha efeitos sobre o mercado de criptomoedas. Grande parte dos investidores vê uma reeleição de Donald Trump como positiva para o mercado, pela postura pró-cripto que ele demonstrou desde o início da disputa.
Kamala Harris, embora mais contida, também demonstrou apoio à indústria recentemente e, em contrapartida, ganhou o suporte de figuras importantes do setor, como o cofundador da Ripple, Chris Larsen, que nesta semana doou US$ 10 milhões para a vice-presidente.
Faltando menos de duas semanas para as eleições, alguns especialistas são firmes em afirmar que, não importa quem saia vencedor, o Bitcoin deve atingir novas máximas, guiado por diversos fatores macroeconômicos.
“Ambos os candidatos presidenciais adotaram posturas pró-cripto para atrair os eleitores, mas é difícil dizer se alguma de suas promessas se cumprirá”, disse Jeff Mei, diretor de operações da bolsa de criptomoedas BTSE, ao CoinDesk.
“No entanto, está claro que o mercado está respondendo positivamente à próxima mudança na administração e nas políticas – seja Harris ou Trump, traders e investidores acham que qualquer tipo de mudança será boa”, completou.
Segundo ele, o fato das eleições coincidirem com os primeiros cortes de juros pelo Federal Reserve em quatro anos e uma recente alta do Bitcoin reforçam a tese de que o BTC pode superar sua máxima histórica e chegar a US$ 80 mil em breve.
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