As maiores criptomoedas operam no azul nesta terça-feira (19), enquanto algumas altcoins sobem com mais força em um mercado ainda em busca de direção. Traders de ações reagem à disparada do petróleo com o barril acima de US$ 95 pela primeira vez desde novembro.
O Bitcoin (BTC) ganha 1,1% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 27.238,74, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC avança 1,2%, negociado a R$ 133.044,14, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
Na segunda-feira (18), a maior criptomoeda chegou a operar abaixo de US$ 27 mil, depois de ter superado a marca durante a sessão. A oscilação de preços causou liquidações de US$ 100 milhões em posições alavancadas de traders comprados, que apostam na alta, e vendidos, que esperam queda das cotações, conforme o CoinDesk.
Ainda assim, a dominância do Bitcoin atingiu 50% e pode subir ainda mais, dizem analistas. Confira aqui as previsões de especialistas para o preço do BTC em 2024.
Nesta terça, o Ethereum (ETH) mostra leve alta de 0,6%, para US$ 1.650,57.
As principais altcoins mostram valorização, entre elas XRP (+2,6%), Dogecoin (+0,9%), Cardano (+1,5%), Solana (+4,1%), Polkadot (-0,8%), Polygon (+1,8%), Shiba Inu (+0,8%) e Avalanche (+0,6%). BNB registra leve queda de 0,3%.
Para ajudar investidores a identificar oportunidades, o MB (Mercado Bitcoin) lançou sua “Carteira Recomendada”, que contemplará os três principais perfis de investimento: arrojado, moderado e conservador.
FTX processa pais de Sam Bankman-Fried
O novo comando da FTX, atualmente em recuperação judicial, abriu um processo contra Joseph Bankman e Barbara Fried, pais de Sam Bankman-Fried, fundador da exchange cripto, com o objetivo de recuperar milhões de dólares em “fundos desviados” de forma supostamente fraudulenta.
Segundo documento registrado na segunda-feira (18) e divulgado pelo The Block, os administradores da FTX e da Alameda Research, o braço de trading da corretora, apresentaram uma ação buscando a indenização por danos causados por transferências fraudulentas, violação de deveres fiduciários e outras supostas irregularidades.
“Como pais de Bankman-Fried, Bankman e Fried exploraram seu acesso e influência dentro da empresa FTX para se enriquecer, direta e indiretamente, em milhões de dólares, e conscientemente às custas” dos credores, diz o documento.
O processo destaca que, apesar de se apresentar ao público como um grupo sofisticado de exchanges e plataformas cripto, a FTX se autodenominava uma “empresa familiar”, acrescentando: “E juntos, Bankman e Fried desviaram milhões de dólares do FTX Group para seu próprio benefício pessoal e causas escolhidas por eles”.
Bankman e Fried não responderam de imediato aos pedidos de comentários do The Block.
Binance.US na mira da SEC
Durante uma audiência na segunda-feira (18), um juiz dos EUA se recusou a ordenar que a Binance.US, braço da holding Binance no país, permita que seus executivos estejam mais acessíveis para depoimentos ou que a reguladora SEC reduza suas demandas por mais documentos, informou o CoinDesk.
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O juiz Zia Faruqui recomendou que ambas as partes trabalhem juntas nos vários pedidos de investigação, solicitando que a SEC limite suas demandas por informações, mas permitindo que a agência busque explicações para estabelecer se os fundos da Binance.US estão seguros. A exchange deve compartilhar mais informações sobre seu relacionamento com a Ceffu, o provedor de serviços de custódia da Binance, disse o juiz.
A SEC havia pedido autorização para uma “inspeção urgente” nos documentos e registros da Binance.US com o objetivo de verificar se a corretora mantém de forma segregada os ativos de seus clientes.
As autoridades apontam que existem indícios de que a Ceffu, novo nome da Binance Custody desde fevereiro deste ano, enviou dinheiro de clientes dos EUA para fora do país.
A exchange rebate as acusações, dizendo que os fundos de clientes nos EUA estão seguros e que a Ceffu é uma marca de software de custódia de carteiras desenvolvida pela Binance Holdings licenciada no mercado americano.
Ao CoinDesk, a Ceffu também reforçou que as acusações da SEC são incorretas e fez questão de distanciar suas operações da Binance.
No entanto, documentos legais mostram que a Ceffu, fundada em dezembro de 2021, ainda é identificada como Bifinity UAB. O registro da Bifinity na Lituânia ainda está listado no site da Binance entre os vários “reconhecimentos regulatórios” que a corretora possui, destaca o CoinDesk. Um porta-voz da Ceffu não comentou.
Outros destaques das criptomoedas
A capitalização de mercado das stablecoins, tokens lastreados por ativos do mundo real, encolheu para o menor nível em mais de dois anos, de acordo com dados da empresa de pesquisa CCData publicados pela Reuters. Baixos volumes de negociação e um dólar mais fraco estariam por trás do desempenho negativo.
Enquanto outras criptomoedas conseguiram, em certa medida, se recuperar em relação às mínimas de 2022, a capitalização de mercado das stablecoins deve cair pelo 18º mês consecutivo, segundo a CCData. Em 14 de setembro, o valor total somava US$ 124,4 bilhões.
Na semana passada, relatório do PayPal mostrou que a adoção de sua stablecoin PYUSD ainda é lenta, enquanto o cofundador da Tether, William Quigley, disse ao CoinDesk ter dúvidas de que o token da gigante de pagamentos traga muita inovação ao mercado.
Apesar do cenário negativo para as stablecoins e ainda incerto para a maioria dos criptoativos, algumas empresas de capital de risco reforçam a aposta no setor. A Blockchain Capital, por exemplo, levantou US$ 580 milhões para dois novos fundos focados em infraestrutura de blockchain, games, finanças descentralizadas (DeFi), entre outros segmentos.
Enquanto isso, ex-executivos da Sino Global Capital (agora Ryze Labs), Libra, Coinbase e Shawn Shi, cofundador da Alchemy Pay, lançaram o Oak Grove Ventures, um fundo de US$ 60 milhões que vai investir na combinação de soluções para a web3, inteligência artificial e biotecnologia. Em outro sinal de vida dos investimentos de venture capital em cripto, a Bastion captou US$ 25 milhões em uma rodada liderada pela a16z.
Na contramão, a fintech chinesa Ant Group vai liquidar seu investimento na A&T Capital, um fundo de US$ 100 milhões estratégico para sua aposta na indústria de ativos digitais, disseram pessoas a par do assunto à Bloomberg. Não está claro se a empresa continuará em operação ou se vai buscar um novo investidor. A&T e Ant não comentaram.
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