Enquanto investidores globais vendem ações preocupados com os juros altos, o apetite por criptomoedas segue forte nesta quinta-feira (22), com traders ainda otimistas diante do renovado interesse de empresas financeiras tradicionais (TradiFi) em ativos digitais.
A Valkyrie Funds também entrou na fila para registrar um fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista, enquanto uma unidade do Crédit Agricole e do Santander recebeu uma licença para serviços de custódia de criptoativos na França.
Nas últimas 24 horas, o Bitcoin (BTC) sobe 4,4%, para US$ 30.138,72, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC ganha 3,7%, cotado a R$ 143.376,10, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) avança 5,5%, negociado a US$ 1.909,99.
Shina Inu (SHIBA) sobe 11,8% nas últimas 24 horas. Desenvolvedores do ecossistema Shiba Inu trabalham em um serviço, chamado “Shibacals”, que pode ser usado para vincular ativos do mundo real a tokens não fungíveis (NFTs), com o objetivo de ajudar a provar propriedade como parte do lançamento da rede Shibarium ainda este ano, de acordo com o CoinDesk.
E por falar em NFTs, o futuro desses ativos será tema de debate nesta quinta (22), às 18h, no servidor do Discord do MB, em mais uma edição do CryptoTalks que vai abordar a ascensão, queda e retorno dos tokens não fungíveis no cenário mundial.
As altcoins mais negociadas dão continuidade aos ganhos nesta quinta-feira, com destaque para BNB (+2%), XRP (+2,9%), Cardano (+9,2%), Dogecoin (+6,4%), Solana (+2,9%), Polkadot (+4,9%) e Avalanche (+6,5%).
Outro token em alta nesta manhã é a Polygon (+7%), que lançou o Polygon Copilot, um assistente de inteligência artificial.
Bitcoin hoje
Depois de semanas de marasmo, o Bitcoin sobe pelo segundo dia, tendo atingido a marca de US$ 30 mil pela primeira vez desde abril na quarta-feira (21), quando chegou a subir quase 13%.
“Há uma onda de otimismo no mercado cripto agora que grandes players institucionais estão trabalhando para participar da indústria em grande estilo”, escreveu Nihar Neelakanti, CEO e cofundador da Ecosapiens, colecionáveis digitais lastreados em carbono, em e-mail ao CoinDesk.
Neelakanti destacou “rumores” de que a Fidelity também estaria interessada em lançar um ETF de Bitcoin. Mas um porta-voz da Fidelity disse aos CoinDesk que a empresa não havia anunciado nenhum plano de registro.
Em meio a teorias da conspiração sobre o motivo por trás do interesse de gigantes de Wall Street no produto atrelado ao Bitcoin, especialistas apontam que a resposta pode ser simples: ganhar dinheiro.
No rali puxado inicialmente pelos planos da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, de colocar no mercado um ETF de Bitcoin à vista, a maior criptomoeda se descolou das ações. De acordo com a Bloomberg a correlação de curto prazo entre o token e o indicador Nasdaq 100 de ações de tecnologia se tornou negativa pela primeira vez desde 2021.
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Apesar da onda de ganhos, já surgem alertas de cautela. Um indicador da força relativa do BTC em 14 dias sinaliza que a criptomoeda se aproxima do nível “sobrecomprado”.
Aperto monetário global
Outro fator que poderia limitar a valorização das criptomoedas e de outros ativos de risco é o cenário para a política monetária.
O Banco da Inglaterra se reúne hoje e a expectativa é de mais um aumento da taxa básica, enquanto o BC da Noruega surpreendeu investidores ao elevar os juros em 0,5 ponto percentual. Turquia e Suíça também decidem o rumo da política monetária nesta quinta.
Durante audiência com deputados dos EUA na quarta-feira (21), o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, sinalizou mais aumentos dos juros e disse que a instituição nunca usou a palavra “pausa” em suas decisões.
Regulação de stablecoins
Powell também comentou sobre o mercado de stablecoins durante a audiência. Segundo o presidente do Fed, o banco central americano deveria ter um papel de maior peso na regulação desses tokens.
“Nós vemos as stablecoins de pagamento como dinheiro”, disse Powell ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, acrescentando que o banco central deveria ter poder de decisão na aprovação da emissão de stablecoins.
“Acreditamos que seria apropriado ter um papel federal bastante robusto no que acontece com as stablecoins daqui para frente, e nos deixar com um papel fraco e permitir muita criação de dinheiro privado no nível estadual seria um erro.”
Outros destaques das criptomoedas
O hedge fund cripto Three Arrows Capital (3AC), que colapsou no ano passado, causou alvoroço na comunidade com um retorno surpresa usando o mesmo nome, mas com a marca de uma empresa de capital de risco, ou venture capital, segundo o CoinDesk.
Na quarta-feira, a OPNX, exchange para negociação de créditos de empresas em recuperação judicial cofundada por executivos da CoinFLEX e duas pessoas por trás do extinto Three Arrows Capital, anunciou que tem um novo parceiro: 3AC Ventures. Os parceiros “investirão em projetos construídos no ecossistema OPNX e trabalhando em direção a um futuro descentralizado”, tuitou a OPNX.
No Brasil, a Indeed (Instituto de Educação Descentralizada), uma startup de educação descentralizada – edtech – se propõe a fomentar e financiar o ecossistema de ensino e de educação continuada com a criação de um token, segundo o Valor Econômico. A moeda digital funciona como token de fidelidade e de pagamento para atividades educacionais.
E a Trexx, startup brasileira de jogos em blockchain, venceu o principal prêmio de uma competição de tecnologia realizada esta semana na Argentina pela corretora de criptomoedas Ripio, segundo a Exame. O projeto vencedor foi um marketplace para a locação de itens de jogos em NFT com conexão em diversas redes blockchain.
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