Gráfico de mercado
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A manhã desta segunda-feira (24) é de perdas para as criptomoedas e de instabilidade para as bolsas globais, com investidores ainda preocupados com a saúde financeira das empresas e impacto dos juros na economia. 

O Bitcoin (BTC) recua 1,1% nas últimas 24 horas, para US$ 27.350,22, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC mostra baixa de 1,3%, cotado a R$ 139.912,01, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Já o Ethereum (ETH) tem queda de 1,5%, negociado a US$ 1.844,90.  

As altcoins também operam em terreno negativo, entre elas BNB (-0,4%), XRP (-1,3%), Cardano (-2%), Dogecoin (-1,8%), Polygon (-3,1%), Solana (-3%), Polkadot (-0,5%), Shiba Inu (-1,3%) e Avalanche (-2,3%). 

Bitcoin hoje 

O cenário macro negativo e a contínua pressão regulatória nos EUA voltaram a pesar sobre as criptomoedas, que vinham de um rali puxado pelas apostas de alívio do aperto monetário e otimismo com a atualização Shanghai da rede Ethereum. 

O mercado de fundos de índice (ETFs) mostra investidores indecisos sobre o rumo do Bitcoin, que já subiu 70% este ano, mas acumula baixa de quase 10% em sete dias, mostram dados do CoinGecko. 

Mas Joe DiPasquale, CEO da BitBull Capital, diz que os sinais técnicos encontrados no gráfico de preços do Bitcoin ainda são animadores. 

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“Um novo teste saudável da zona de suporte entre US$ 25 mil e US$ 27 mil é um sinal positivo para uma subida contínua”, disse DiPasquale ao CoinDesk por e-mail. “Enquanto o Bitcoin conseguir ficar acima de US$ 22 mil, na pior das hipóteses, podemos esperar um movimento ascendente”, acrescentou. 

No caso do Ethereum, a segunda maior criptomoeda registra queda de 13% em sete dias e já eliminou todos os ganhos acumulados desde a bem-sucedida atualização Shanghai. 

Ainda assim, investidores institucionais têm aumentado o interesse por serviços de staking, ou renda passiva com criptomoedas, desde a atualização. 

Nova plataforma da Gemini 

Diante da crescente pressão regulatória nos EUA, a exchange cripto americana Gemini, empresa dos Gêmeos do Facebook, planeja abrir uma plataforma de derivativos offshore, informou o CoinDesk. O país de destino da operação não foi revelado.

O primeiro produto da Gemini Foundation, como foi batizada a nova divisão, será um contrato perpétuo de Bitcoin denominado na stablecoin Gemini Dollar (GUSD), disse a empresa, seguido por um contrato perpétuo de Ethereum também atrelado à GUSD. Ao contrário dos derivativos convencionais, os contratos perpétuos não têm data de vencimento. 

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Além da nova plataforma, a Gemini anunciou planos de expansão na Ásia-Pacífico e Índia. 

Em janeiro, a Gemini e o Digital Currency Group (DCG), que controla o CoinDesk, foram acusados pela SEC, a CVM dos EUA, de vender valores mobiliários não registrados. 

Também na mira da SEC, a Coinbase, maior corretora cripto dos EUA, obteve uma licença para operar nas Bermudas. 

De acordo com a Fortune, a empresa deve iniciar operações no país já na nesta semana. 

E a OPNX, uma exchange lançada recentemente pelos fundadores do hedge fund cripto falido Three Arrows Capital, caiu em contradição após dirigir um “agradecimento especial… a nossos grandes investidores” no Twitter, entre eles as gigantes de trading DRW e Susquehanna, e a corretora de opções MIAX. 

Representantes da DRW, Susquehanna e MIAX prontamente disseram que suas empresas não eram investidoras na OPNX. “Não fornecemos nenhum financiamento para a OPNX e não temos intenção de fazê-lo”, disse um porta-voz da Susquehanna, uma empresa de negociação quantitativa que raramente fala com a mídia, segundo o Wall Street Journal

A OPNX, uma plataforma para negociação de créditos de empresas em recuperação judicial, é liderada pelos fundadores do Three Arrows, Su Zhu e Kyle Davies, bem como por dois fundadores da exchange cripto CoinFLEX. 

Outros destaques das criptomoedas  

Empresas cripto já em operação na França podem conseguir uma via rápida para as novas regras cripto aprovadas pela União Europeia, disse a Autoridade de Mercados Financeiros (AMF) do país em comunicado. Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou o marco regulatório do bloco, conhecido como MiCA, que deve entrar em vigor a partir de julho deste ano. 

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A AMF disse que vai considerar um “possível licenciamento fast-track” entre o regime existente da França, chamado de PSAN, e o MiCA. Sob as novas regras mais rigorosas, empresas como Binance ou Bitstamp têm um prazo extra de 18 meses para se adequarem às normas europeias. 

Ações de empresas relacionadas ao yuan digital deram um salto nesta segunda-feira (24) em meio às recentes medidas da China para promover o uso de sua moeda digital do banco central (CBDC), segundo a Reuters

Changshu, uma cidade sob a jurisdição de Suzhou, na província de Jiangsu, leste da China, vai pagar os salários de funcionários públicos e outros empregados do governo em yuan digital a partir de maio, informou o jornal Securities Times no domingo (23). 

O IRS, o equivalente à Receita Federal dos EUA, vai enviar quatro agentes especializados em investigação de crimes cibernéticos para a Austrália, Singapura, Colômbia e Alemanha. Os agentes participarão de um programa piloto de 120 dias para ajudar a “combater o uso de criptomoedas, finanças descentralizadas e serviços de mixagem em crimes financeiros e tributários internacionais”, conforme o TechCrunch

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