As principais criptomoedas são negociadas em terreno negativo nesta quarta-feira (13), em dia de decisão de juros nos EUA, com altcoins também revertendo os ganhos da sessão anterior.
A cautela prevalece nos mercados acionários globais em meio à expectativa de manutenção das taxas, mas com incertezas sobre quando o Federal Reserve vai começar a cortar os juros diante dos sinais de persistência da inflação.
O Bitcoin recua 1,5% em 24 horas, para US$ 41.127,88, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC cai 1%, negociado a R$ 295.995,13, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) registra baixa de 2,3%, cotado a US$ 2.171,12.
As altcoins acompanham as perdas, entre elas BNB (-02%), XRP (-2,8%), Solana (-8,1%), Cardano (-3,2%), Dogecoin (-3,8%), TRON (-1,6%), Chainlink (-5%), Avalanche (-12%), Polkadot (-5,2%), Polygon (-2,5%) e Shiba Inu (-2,3%).
Tether recebe baixa pontuação em escala da S&P Global
A agência de classificação de risco S&P Global lançou uma escala para avaliar oito das maiores stablecoins do mundo, de acordo com a Reuters. As duas mais utilizadas, Tether e Dai, receberam as notas mais baixas.
A nova escala de risco da S&P varia de 1 (melhor) a 5 (pior), ao invés da classificação triplo A usada para mostrar o risco de default. Mas as avaliações seguirão os mesmos padrões e subirão e cairão, assim como nas análises de perfil de dívida, explicou a Reuters.
A Tether e a Dai receberam nota 4, enquanto a TrueUSD teve um 5. A baixa pontuação da Tether reflete a falta de informações sobre quem ou o que detém as reservas, disse a S&P. A USDC da Circle teve melhor pontuação, com nota 2 na escala, assim como a Gemini Dollar e a Pax Dollar.
Apesar dos questionamentos do mercado quanto à transparência da Tether, o CEO da empresa de investimentos Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, disse em entrevista à CNBC que é “fã” da maior stablecoin do mundo e também do Bitcoin. A Cantor faz a custódia da carteira de títulos do Tesouro dos EUA da Tether.
Ainda no mercado de stablecoins, o DWS Group do Deutsche Bank, o “market maker” holandês Flow Traders e a gestora cripto Galaxy Digital estão criando uma empresa para emitir um token garantido em euros, conforme a Bloomberg.
Montenegro prorroga prisão de cofundador da Terraform
O Supremo Tribunal de Montenegro prorrogou a detenção do cofundador da Terraform Labs, Do Kwon, a pedido dos EUA e da Coreia do Sul, disse à Bloomberg a porta-voz do tribunal, Marija Rakovic.
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O prazo de prisão, que teria expirado nesta sexta-feira, será prorrogado por dois meses, até 15 de fevereiro, disse Rakovic. Os governos dos EUA e da Coreia do Sul buscam extraditar Kwon, acusado de irregularidades que levaram à implosão da stablecoin algorítmica TerraUSD em 2022.
Já o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, condenado por desvio de fundos de clientes entre outros crimes, foi considerado a “pior” testemunha durante um interrogatório por seu próprio advogado David Mills, que é amigo dos pais de Bankman-Fried. Em entrevista à Bloomberg Businessweek, Mills afirmou que um melhor desempenho poderia ter evitado sua condenação. SBF ainda aguarda sua sentença.
Binance volta a desafiar processo da SEC
A Binance, a Binance.US e Changpeng “CZ” Zhao argumentaram em novo documento judicial na terça-feira (12) que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) não atendeu aos requisitos do “Teste Howey” em seu processo contra as duas empresas e seu fundador, informou o CoinDesk.
A Binance e CZ enviaram uma resposta à SEC junto com a Binance.US, que apresentou seus argumentos em outro documento, dizendo que a agência não demonstrou que os clientes das exchanges nos EUA tinham quaisquer contratos que se encaixassem na definição de “contrato de investimento” ou que outros elementos do caso da Suprema Corte foram atendidos.
Também nos EUA, a exchange de criptomoedas KuCoin fez um acordo para pagar US$ 22 milhões em multas e proibir o acesso para usuários no estado de Nova York, segundo documentos judiciais apresentados na terça-feira.
Outros destaques das criptomoedas
A unidade de gestão de ativos da Coinbase lançou uma plataforma de contratos inteligentes para que instituições negociem ativos digitais diretamente em uma blockchain. Batizada de “Project Diamond”, a iniciativa permite a investidores institucionais criar e negociar versões digitais nativas de instrumentos financeiros usando a Base, a rede de segunda camada do Ethereum da exchange, de acordo com comunicado.
O Project Diamond foi desenvolvido pela Coinbase Asset Management e combina o serviço de custódia da Coinbase Prime, a carteira cripto web3 da corretora, a stablecoin USDC da Circle e a Base. Por enquanto, a plataforma está disponível apenas para investidores institucionais registrados fora dos EUA.
O valor roubado por hackers de projetos cripto caiu pela metade no acumulado deste ano, para cerca de US$ 1,7 bilhão, em meio a medidas de segurança reforçadas e maior rigor de autoridades, disse a TRM Labs, que ajuda clientes a rastrear crimes financeiros. Os 10 principais hacks renderam aos criminosos quase 70% de todos os fundos roubados em 2023, mostram dados da TRM divulgados pela Bloomberg. No ano passado, a indústria cripto perdeu US$ 4 bilhões em ataques cibernéticos.
Entre os 10 maiores casos de fraude listados em 2023 pela agência tributária dos EUA, o IRS, quatro envolveram criptomoedas, como o hacker da Silk Road e do cofundador da OneCoin. Enquanto isso, a Apple anunciou mudanças em medidas segurança para proteger usuários em caso de roubo de iPhones e evitar o acesso de criminosos a aplicativos de pagamentos e de criptomoedas, por exemplo.
E por falar em golpes, a Immortal Game, uma plataforma de xadrez online, decidiu suspender o desenvolvimento de tokens não fungíveis (NFTs) e elementos cripto “play to earn” devido à prevalência de “trapaças”, informou o Decrypt, que cita um comunicado da empresa. Enquanto isso, Donald Trump está de volta com uma nova coleção de arte digital que premia usuários com um pedaço do terno usado quando foi fichado.
Em tempo: a FIFA esclareceu na terça-feira (12) que vai continuar a lançar NFTs na Algorand, mas que também vai distribuir coleções na Polygon por meio do marketplace OpenSea.
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