Gráfico de mercado
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Ativos de risco como criptomoedas e ações amanhecem em queda nesta segunda-feira (12), em uma semana marcada por decisões sobre o rumo dos juros nos EUA e na região do euro. Também está no radar o depoimento do fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, que participa de audiência na terça-feira (13) na Câmara dos Deputados dos EUA. 

Após um fim de semana de estabilidade, o Bitcoin (BTC) opera em baixa de 1,3% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 16.948,73. O Ethereum (ETH) tem queda de 1,9%, negociado a US$ 1.251,01, segundo dados do Coingecko. 

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Em reais, o Bitcoin (BTC) recua 1,1%, para R$ 88.949,90, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB). 

As altcoins também são negociadas em terreno negativo, entre elas BNB (-2,8%), XRP (-3,1%), Dogecoin (-9,1%), Cardano (-2,6%), Polygon (-2,7%), Polkadot (-2,7%), Shiba Inu (-4,2%), Solana (-3,7%) e Avalanche (-4,6%). 

Bankman-Fried no Congresso dos EUA 

O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, vai participar de uma audiência do Congresso americano sobre o colapso da empresa, segundo confirmado pelo Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Deputados dos EUA. 

O painel de Bankman-Fried foi adicionado à lista de testemunhas para uma audiência na terça-feira (13), disse o comitê. Antes de Bankman-Fried, o comitê fará perguntas ao atual CEO da FTX, John J. Ray III. 

Promotores dos EUA, lançando as bases para um possível caso de fraude contra Bankman-Fried e outros envolvidos na quebra da FTX, examinam como os fundos mantidos pela exchange foram transferidos para fora dos EUA antes do pedido de recuperação judicial, disse uma pessoa a par do assunto à Bloomberg. 

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Caroline Ellison, que comandava a Alameda Research, empresa de investimentos da FTX, já se prepara para uma possível defesa. Ellison contratou Stephanie Avakian, ex-chefe da divisão de fiscalização da SEC e atual sócia do escritório WilmerHale, segundo a agência de notícias

O criador da FTX também foi tema do programa Fantástico, da TV Globo. A reportagem mostrou a ascensão e queda do bilionário de 30 anos que que jogava videogame durante reuniões de negócios. A matéria explica como a A FTX se tornou a segunda maior corretora cripto do mundo, como ela entrou em colapso e de que forma a falência afeta clientes e o mercado de criptomoedas.

Bitcoin hoje 

À margem das investigações sobre a quebra da exchange FTX, o cenário macroeconômico deve ditar o rumo das negociações nesta semana. Amanhã (13), sai o relatório do índice de preços ao consumidor americano, um dia antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA. 

O consenso de economistas é de uma desaceleração do chamado CPI e de um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros do Fed. No entanto, a questão é por quanto tempo as autoridades pretendem manter o aperto da política monetária, já que as previsões apontam para uma recessão global em 2023. 

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Em e-mail ao CoinDesk, Joe DiPasquale, CEO da gestora de fundos cripto BitBull Capital, observou que o Bitcoin conseguiu manter o nível de US$ 17 mil nos últimos dias, “embora o veredicto do CPI, do Comitê Federal de Mercado Aberto e do relatório de pedidos de seguro-desemprego do Departamento de Trabalho na quinta-feira possa afetar os preços”.  

“Com esses eventos importantes chegando, esperamos volatilidade, mas o viés permanece positivo e gostaríamos de ver US$ 20 mil no topo e respeito por US$ 16 mil no fundo”, escreveu DiPasquale. 

Crise da Maple Finance 

A Maple Finance, maior plataforma de empréstimos cripto não garantidos, enfrenta uma crise de dívida enquanto se prepara para uma atualização do sistema e investidores podem ter de embolsar grandes perdas, aponta reportagem do CoinDesk. 

Apenas nas últimas duas semanas, cerca de US$ 36 milhões em empréstimos não foram pagos, com outros US$ 18 milhões sob risco. Essa parcela em mãos de devedores duvidosos representa 66% do total nos quatro protocolos de empréstimos ativos da Maple.

Além disso, os maiores tomadores reconheceram que foram devastados pelo colapso da FTX. O token nativo do Maple, MPL, caiu 50% ao longo do período para uma mínima histórica. 

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Prova de reservas 

Em meio à desconfiança de parte dos investidores no mercado cripto, exchanges centralizadas se apressam em divulgar suas reservas. 

Uma delas foi a Crypto.com, cuja auditoria foi realizada pela Mazars. O relatório mostra que os ativos dos clientes da corretora são totalmente garantidos individualmente, segundo comunicado enviado à imprensa divulgado pelo InfoMoney. 

A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, também tenta tranquilizar clientes sobre a segurança de seus ativos após o colapso da FTX. Mas especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal dizem que a exchange tem um longo caminho a percorrer antes de divulgar informações significativas o suficiente para que investidores tenham confiança em seu futuro. 

“O relatório da Mazars mostra apenas uma parte dos ativos e passivos da Binance”, observa Eden Au, diretor de pesquisa do The Block, que acrescentou: “Mais informações são necessárias para ter uma noção de toda a solvência da exchange”. 

Enquanto isso, investidores sacam quantias recordes de Bitcoin das corretoras, aponta o Financial Times

No mês passado, os saques de exchanges centralizadas como Binance, Kraken e Coinbase somaram 91.363 bitcoins, no valor total de quase US$ 1,5 bilhão, com base no preço médio de novembro de cerca de US$ 16.400. O valor marca a maior saída de bitcoins já registrada, de acordo com dados da CryptoCompare. 

Outros destaques das criptomoedas 

A corretora de criptomoedas Bybit, sediada em Singapura, mas que também oferece serviços no Brasil, anunciou que vai restringir os saques de usuários sem identificação na plataforma. Conforme o comunicado da empresa, a partir do dia 15 de dezembro usuários que não passaram pelo devido processo de identificação (conhecido como KYC) só vão conseguir sacar até 20 mil USDT por dia, com um limite mensal de 100 mil USDT. 

Uma ação coletiva alega que uma série de celebridades — incluindo Justin Bieber, Madonna, Steph Curry e Paris Hilton — violaram as leis estaduais e federais quando promoveram NFTs do Bored Ape Yacht Club, deixando de divulgar suas relações financeiras ao Yuga Labs. O processo, aberto no Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Central da Califórnia, nomeou nada menos que 37 corréus — variando da liderança do Yuga a celebridades e executivos. Também acusa a MoonPay, a startup de pagamentos com criptomoedas que supostamente facilitou os apoios. 

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Com doutorado em andamento sobre criptomoedas, o advogado Ciro Chagas foi convidado a falar em uma audiência pública na Câmara dos Deputados que debatia a regulamentação do setor no dia 27 de outubro de 2021.  

Nessa data sua vida mudaria: um grupo de pessoas que representava a GAS Consultoria – acusada de prejudicar milhares de pessoas com uma pirâmide financeira – o abordou ainda no prédio projetado por Oscar Niemayer em Brasília para começar a defesa dos criadores da empresa de Cabo Frio (RJ), como Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó do Bitcoin, e sua esposa Mirelis Yoseline Zerpa. Em entrevista ao Portal do Bitcoin, o advogado fala sobre qual a estratégia para enfrentar as acusações de crimes financeiros e de homicídio, a situação da empresa e as dívidas com os clientes. 

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