Imagem da matéria: Maior pool de mineração do Ethereum lança serviço de staking antes da Fusão
(Foto: Shutterstock)

Ethermine, o maior pool de mineração do Ethereum, anunciou o lançamento de um serviço de pool de staking para usuários na terça-feira (30).

Um pool de mineração é um grupo de mineradores de criptomoedas que combina seu poder computacional a uma rede para aumentar a probabilidade de transmitir com êxito um bloco de transações e obter a recompensa no token nativo da blockchain por seu esforço.

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O novo serviço, chamado Ethermine Staking, permitirá que usuários contribuam com apenas 0,1 ETH a um enorme pool de contribuições por usuários que serão colocados em staking coletivamente para criar novos ethers (ETH) — quando a tão aguardada Fusão fará com que o Ethereum migre para um modelo “proof of stake” (ou PoS, na sigla em inglês) em setembro.

Porém, o Ethermine Staking não estará disponível nos Estados Unidos por questões regulatórias.

Como a Fusão vai mudar o Ethereum

Atualmente, novos ethers são criados via “proof of work” (ou PoW), um processo que consome bastante energia, em que mineradores direcionam bastante poder computacional para solucionar difíceis quebra-cabeças.

O Ethermine permitia que usuários agrupassem seu poder de mineração para gerar recompensas maiores para todos os envolvidos.

A fusão colocará um fim à prática da mineração de ether e substituí-la com um modelo “proof of stake”, em que usuários poderão criar e ganhar mais ethers ao alocar enormes quantias de ethers já existentes.

Quando a fusão acontecer, os chamados validadores terão de alocar cerca de 32 ETH (equivalentes a US$ 50 mil) para começar a obter rendimentos.

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Ethermine Staking remove esse obstáculo de entrada da alta quantia ao permitir que usuários contribuam com apenas 0,1 ETH (ou cerca de US$ 156), agrupando essas contribuições, e fazendo o staking delas.

Para esse serviço, a empresa — pertencente à empresa austríaca Bitfly — irá cobrar uma taxa variável que diminui quando mais ethers forem alocados. Usuários que contribuírem com menos de 32 ETH terão de pagar um um prêmio de 15%.

Anteriormente, o Ethermine havia lançado uma plataforma distinta de staking, Ethpool, que exigia que usuários alocassem pelo menos 32 ETH, mas cobrava taxas menores.

O Ethermine Staking se diferencia de outros pools de staking similares, pois será operado com base na ETH.STORE, uma taxa de referência criada pela Bitfly que calcula um rendimento financeiro médio e diário para validadores que fazem o staking de ether.

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“Basear as condições de um instrumento financeiro na ETH.STORE permite que participantes do mercado participem (e identifiquem nitidamente) prêmios de risco, permitindo [que haja] um mercado possivelmente mais transparente como um todo”, afirmou Stadler Völkel, consultores jurídicos da Bitfly, em um comunicado.

Usuários do Ethermine Staking também serão capazes de visualizar o retorno médio diário gerado por validadores de ether mundialmente pela ETH.STORE e determinar qual serviço do Ethermine oferece rendimentos comparáveis.

O código da ETH.STORE também é de código aberto.

Retorno mais demorado

No entanto, usuários não poderão sacar seus retornos tão cedo. A rede Ethereum, mesmo após a fusão, não irá permitir que usuários desfaçam o staking de ether. Essa possibilidade será acrescentada durante a atualização Shanghai, a próxima grande atualização após a Fusão.

Porém, ainda não há uma data específica para Shanghai, apesar de Marius Van Der Wijden, um desenvolvedor principal do Ethereum, ter dito ao Decrypt que espera que essa atualização aconteça entre seis a nove meses após a Fusão, negando “que essa seja uma estimativa muito premeditada”.

Neste momento, grande parte dos desenvolvedores do Ethereum não estão pensando tão longe. Neste momento, o grupo de especialistas da rede está mantendo todos os olhos e ouvidos focados em garantir que a Fusão aconteça sem problemas.

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*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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