A editora Intrínseca vai lançar no próximo dia 3 de maio o livro ‘Queda Livre — a história de Glaidson e Mirelis, faraós dos bitcoins’, escrito pelos jornalistas Chico Otávio e Isabela Palmeira que “destrincham um dos maiores esquemas de pirâmide financeira da história do Brasil”.
“Flanelinha, garçom, pastor, faraó dos bitcoins. Este poderia ser o currículo resumido de Glaidson Acácio dos Santos”, diz a Intrínseca no resumo do livro. O golpe, que culminou em R$ 38 bilhões de prejuízo a milhares de brasileiros, usou como isca o trading em criptomoedas.
Segundo a editora, Chico e Isabela narram a ascensão e queda vertiginosas de Glaidson e Mirelis — os donos da GAS Consultoria respectivamente presos no Brasil e EUA —, da pobreza à riqueza; da ostentação às acusações de crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, lavagem de dinheiro e homicídio.
O livro expõe também “os bastidores do golpe” e a “mistura de fé, ambição e ganância” promovidas pelo Faraó do Bitcoin, que “foi capaz de destruir milhares de famílias pobres e dezenas de celebridades ricas”.
De acordo com a editora, o livro físico custa na pré-venda R$ 69,90, enquanto o ebook custa R$ 34,90. O “Queda Livre” poderá posteriormente ser encontrado nas principais livrarias do Brasil, bem como em plataformas digitais como a Amazon.
Prisão do Faraó do Bitcoin
A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação, supostamente de uma pirâmide financeira, desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.
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Glaidson, que ficou conhecido como “Faraó do Bitcoin”, foi preso na manhã do dia 25 de agosto de 2021 no âmbito da Operação Kryptos. Na ocasião, outros membros do esquema foram presos, enquanto outros conseguiram escapar da polícia e fugir do Brasil, como a esposa de Glaidson —que está preso no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.
Mirelis Yoseline Dias Zerpa, esposa de Glaidson, foi presa em Chicago, Estados Unidos, em janeiro deste ano, por morar ilegalmente nos EUA; no Brasil, ela já foi alvo de mandado de prisão por lavagem de dinheiro e outros crimes, mas recorreu na justiça.
Seu papel vai muito além de ser apenas a companheira do criador do esquema, pois foi a venezuelana que introduziu ao marido o que são as criptomoedas, como criar uma wallet e qual a maneira de transferir ativos entre endereços.
Diversas pessoas próximas ao casal confirmam que a divisão de tarefas dentro da GAS era clara: Glaidson lidava com as pessoas e Mirelis com o dinheiro.
No ano passado, a GAS Consultoria fez parte de uma extensa lista de empresas convocadas na CPI das Pirâmides, que também intimou Glaidson.
Em depoimento, o ex-garçom protagonizou uma série de bate-bocas com alguns deputados e chegou a ser chamado por um parlamentar de “um dos maiores bandidos da história do sistema financeiro nacional”.
Além do roubo do dinheiro de milhares de investidores brasileiros pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.
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