Glaidson Acácio dos Santos, o criador da pirâmide financeira GAS Consultoria, também conhecido como Faraó do Bitcoin, conseguiu se livrar nesta terça-feira (13) de uma das prisões preventivas de que era alvo, após a revogação do mandado promovida pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Isso não significa que Glaidson deixará a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, onde está preso atualmente, já que ele ainda atende a outros seis mandados de prisão preventiva.
A revogação de uma dessas ordens, que estava relacionada a uma acusação de estelionato contra duas pessoas, foi autorizada pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira, conforme revelou o jornal O Globo.
O veículo afirma que, embora a juíza tenha concedido ao acusado uma vitória parcial, ela indeferiu na sua decisão um pedido da defesa de Glaidson para anular as provas contra ele, “tendo em consideração os princípios da segurança jurídica e credibilidade do sistema judiciário”.
Glaidson agora responde a seis prisões preventivas decretadas, ao invés de sete como era até então. No total, ele ainda é alvo de 13 ações penais.
Os presídios de Glaidson
Com os desdobramentos desta terça, a defesa do Faraó do Bitcoin tenta agora conseguir autorização para que ele seja transferido de volta para um presídio no Rio de Janeiro — mais especificamente o Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
O advogado David Augusto Cardoso de Figueiredo disse ao O Globo que está confiante que a transferência aconteça. Ele fez o requerimento através de um habeas corpus, que atualmente aguarda julgamento na 8ª Câmara Criminal do TJ/RJ.
Glaison foi transferido para o presídio federal no Paraná em janeiro deste ano, após o juiz do TJ-RJ, Marcello Rubioli, atender um pedido do Ministério Público que identificou que, mesmo preso no Rio, Glaidson continuava liderando sua organização criminosa, chegando inclusive a corromper agentes do Estado no processo.
Dentro da prisão no Rio, Glaidson também recebia uma série de visitas irregulares, que faziam chegar até ele uma série de regalias que iam de celulares a peças de picanha.
De acordo com investigação do MP da época, Glaidson “indiscutivelmente é líder de organização criminosa que, a despeito da prisão de boa parte dos membros, ainda opera violentamente corrompendo agentes do estado”.
Além do roubo do dinheiro de milhares de investidores brasileiros pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.
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