Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó do Bitcoin"
(Foto: Reprodução)

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro revogou uma das várias sentenças de prisão preventiva contra Glaidson Acácio dos Santos, criador da pirâmide financeira GAS Consultoria e conhecido como “Faraó do Bitcoin“, e de sua esposa, Mirelis Diaz Zarpa.

As informações são do jornal O Globo, que diz que a decisão também derrubou o bloqueio de bens do casal. Mesmo com a decisão, o “Faraó” continua preso, já que existem outras ordens de prisão contra ele.

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A Justiça entendeu que houve superposição de acusações, já que essa decisão anula uma sentença da comarca de Niterói, uma vez que os fatos imputados aos dois já foram contemplados pelo Ministério Público Federal nas ações penais referentes à Operação Kryptos, que investiga a fraude bilionária envolvendo criptomoedas da GAS Consultoria.

Em nota ao jornal, a defesa de Mirelis disse que “além do excesso acusatório”, a sobreposição de atuação entre Ministério Público Federal e Estadual geram “confusão processual e prisões indeterminadas aos réus da operação ‘Cryptos’”.

Glaidson está preso atualmente na penitenciária federal de Catanduvas, no interior do Paraná e Mirelis se encontra foragida da justiça brasileira, possivelmente nos EUA, de acordo com um post recente em redes sociais. O golpe, que usou as criptomoedas como isca, pode ter movimentado fundos na casa de bilhões de reais.

Leia também: Deputados da CPI se revoltam com consultor da GAS Consultoria: “Defensor de organização criminosa”

As ordens de prisão contra o Faraó

Em junho desse ano já havia sido proferida uma decisão parecida que revogou uma das prisões preventivas contra Glaidson, relacionada a uma acusação de estelionato contra duas pessoas, autorizada pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira.

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Na ocasião, apesar da decisão, a juíza indeferiu um pedido da defesa de Glaidson para anular as provas contra ele, “tendo em consideração os princípios da segurança jurídica e credibilidade do sistema judiciário”.

Glaison foi transferido para o presídio federal no Paraná em janeiro deste ano, após o juiz do TJ-RJ, Marcello Rubioli, atender um pedido do Ministério Público que identificou que, mesmo preso no Rio, Glaidson continuava liderando sua organização criminosa, chegando inclusive a corromper agentes do Estado no processo.

Dentro da prisão no Rio, Glaidson também recebia uma série de visitas irregulares, que faziam chegar até ele uma série de regalias que iam de celulares a peças de picanha.

Além do roubo do dinheiro de milhares de investidores brasileiros pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.

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