Justiça irá leiloar imóveis de operador financeiro da pirâmide Braiscompany

Imóveis são de  Joel Ferreira de Souza, que segundo o MPF auxiliava a Braiscompany a trocar criptomoedas por dinheiro fiduciário
Fachada da Braiscompany em Campina Grande PB- Portal do Bitcoin

Fachada da sede da Braiscompany em Campina Grande, na Paraiba (Foto: Portal do Bitcoin)

A Justiça Federal da Paraíba irá leiloar os imóveis de um doleiro que atuou na operação criminosa da pirâmide financeira Braiscompany. Os bens estão avaliados em R$ 3,9 milhões e estão localizados nos estados de São Paulo e Paraná. As informações são do portal G1

Os imóveis são de  Joel Ferreira de Souza, que segundo o Ministério Público Federal auxiliava a Braiscompany a trocar criptomoedas por dinheiro fiduciário e também na operação inversa. 

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“Joel Ferreira de Souza atuava como operador financeiro em caráter habitual e profissional, realizando operações financeiras de variadas espécies para diversos clientes em todo o país e no exterior, dentre eles, a empresa Braiscompany”, diz o MPF.

O leilão está marcado para o dia 25 deste mês, às 9h. Se sobrarem imóveis após o pregão, um segundo leilão será feito no dia 6 de agosto. Os interessados devem se cadastrar com até 72 horas de antecedência no site www.leiloesmonteiro.com.br.

Veja abaixo os bens que serão leiloados:

  • Um imóvel urbano – data de terras sob nº 48, da quadra nº 17, medindo a área de 324,50m², situada na Vila Industrial, Londrina/PR
    AVALIAÇÃO: R$ 410 mil.
  • Apartamento nº 1804, situado no 18º pavimento tipo, do Edifício Maison Villa Lobos, localizado à Rua Eurico Humming nº 107, Londrina/PR
    AVALIAÇÃO: R$ 1.500.000
  • Garagem nº 81, situada no pavimento subsolo, do Edifício Maison Villa Lobos, localizado à Rua Eurico Humming nº 107, Londrina/PR
    AVALIAÇÃO: R$ 50 mil
  • Um prédio e seu respectivo terreno situado à Rua Hollywood, nº 120, antigo nº 101, esquina da Rua Pensilvania, na quadra completada pela Avenida Central e Rua Ribeiro do Vale, no bairro Brooklin Paulista Novo, São Paulo/SP
    AVALIAÇÃO: R$ 2 milhões

A pirâmide Braiscompany

A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que a pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma wallet da empresa.

Em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro do ano passado, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Neto Ais e Fabrícia Campos e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva que tentaram ser cumpridos na Operação Halving em fevereiro. O casal, no entanto, fugiu.

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Em julho passado, um relatório de investigação emitido pela Polícia Federal apontou que Neto Ais e sua esposa fugiram para a Argentina usando passaporte de familiares.

Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas vinculadas aos sócios da Braiscompany.

Em fevereiro deste ano, o juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande, condenou Antônio Ais a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia a 61 anos e 11 meses, além de condenar mais oito envolvidos no processo.

No dia 29 de fevereiro deste ano o casal foi preso quando chegava a um condomínio de luxo em Escobar, na Argentina. Na ocasião, o casal já era considerado foragido da justiça brasileira.

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Fabrícia conseguiu um habeas corpus no dia seguinte à prisão, podendo ficar em liberdade enquanto aguarda a extradição. Antônio também foi solto em maio para cumprir prisão domiciliar. O benefício valerá até que seu processo de extradição para o Brasil seja resolvido.