Justiça bloqueia R$ 170 mil da By Money,  pirâmide que dizia operar na IQ Option

A Polícia Federal acusa a By Money de movimentar ilegalmente mais de R$ 90 milhões em menos de um ano
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Foto: Shutterstock

A Justiça de Roraima determinou o bloqueio de R$ 170 mil da By Money, empresa investigada pela Polícia Federal suspeita de operar uma pirâmide financeira que prometia rendimentos de até 20% ao mês com supostas operações na IQ Option, corretora de opções binárias proibida no Brasil.

A decisão foi emitida pelo juiz Ângelo Augusto Graça Mendes, da 2ª Vara Cível de Boa Vista (RR) e divulgada pelo G1 na quarta-feira (20).

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O site informa que o juiz acatou o bloqueio com base em uma ação cautelar de um advogado que disse ter investido R$ 170 mil na By Money, sem receber os lucros previstos no contrato. 

“A ré fechou suas portas e deixou de atender seus clientes, colocando em dúvida a idoneidade das operações financeiras por ela realizadas e expondo o autor ao risco de perder integralmente o valor investido”, diz um trecho da decisão do juiz.

Relembre o caso da By Money

O esquema da By Money desmoronou em abril de 2021, quando a Polícia Federal deflagrou a “Operação Loki” para cumprir cinco mandados de busca e apreensão na empresa baseada em Boa Vista (RR).

Na ocasião, a PF acusou a By Money de movimentar ilegalmente mais de R$ 90 milhões em menos de um ano, até chegar ao ponto de não conseguir mais honrar com as promessas feitas para os clientes.

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A empresa prometia rendimentos de até 20% mensais sobre os valores recebidos através de supostos trades na IQ Option, que foi proibida em abril de 2020 de captar clientes no Brasil. 

Os clientes da  By Money também receberiam um percentual por indicar outras pessoas para participar do esquema, uma estratégia clássica das pirâmides financeiras.

Nem a By Money nem seus proprietários tinham autorização da CVM para operar no mercado de capitais. Os líderes do esquema são investigados por crime contra a economia popular; crime contra o sistema financeiro; exercício irregular de cargo, profissão, atividade ou função; e associação criminosa.