Imagem da matéria: Irmãos que sumiram com criptomoedas de clientes na África do Sul compraram passaporte por US$ 130 mil
Criadores da Africrypt Ameer Cajee (esquerda) e Raees Cajee (direita). (Foto: Divulgação)

Os irmãos sul-africanos Raees Cajee e Ameer Cajee, que sumiram do mapa após aplicar um suposto golpe de US$ 3,6 bilhões por meio da falsa corretora de criptomoedas Africrypt, compraram passaportes de Vanuatu, um arquipélago no sul do Oceano Pacífico. A informação foi revelada pelo The Guardian — que disse ter tido acesso a documentos governamentais do local — nesta quinta-feira (15).

O passaporte foi comprado por US$ 130 mil e deu a eles o direito de virar cidadão na nação, com possibilidade inclusive de mudar os próprios nomes. Além disso, com o documento os dois fugitivos também podem entrar em 130 países, incluindo alguns da Europa, como o Reino Unido.

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Assim como os irmãos Cajee, outras duas mil pessoas, entre elas empresários procurados pela Justiça e políticos acusados de corrupção, também adquiriram o documento entre janeiro de 2020 e o início de 2021, segundo o veículo.

Ainda de acordo com o The Guardian, o país – um dos mais pobres e endividados do mundo — pode estar se valendo da venda de cidadanias para criminosos com objetivo de levantar dinheiro.

Uma análise da Investment Migration Insider citada na matéria revela que o ‘projeto’ é a maior fonte de receita do arquipélago. No ano passado, a nação arrecadou US$ 116 milhões com esse esquema. O governo nega.

Golpe

Raees Cajee e Ameer Cajee são acusados de aplicar um golpe de US$ 3,6 bilhões por meio da falsa corretora Africrypt. Em abril, eles anunciaram que tinham sido vítimas de um suposto ataque hacker e paralisaram os saques. Estratégia semelhante foi usada por golpes no Brasil.

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Depois do anúncio, os irmãos transferiram os fundos dos investidores para um mixer de criptomoedas. Mixer é um serviço que dá aos usuários a possibilidade de ocultarem as origens de seus ativos digitais. Eles também fugiram da África do Sul.

No mês passado, eles disseram para o The Wall Street Journal que desaparecem porque estariam sendo ameaçados. Falaram também que o prejuízo na verdade foi de US$ 200 milhões, e não de bilhões, como divulgado por advogados das vítimas. O caso está sendo investigado pelas autoridades da nação africana.

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