Dados publicados pela Glassnode no domingo (21) mostram que 64% dos bitcoins disponíveis no mercado são ‘velhos’ — ou seja, estavam guardados em carteiras há mais de seis meses. Apenas 36% da oferta de BTC foi movimentada entre wallets recentemente e é nova.
Na prática, isso significa que holders antigos começaram a negociar suas criptomoedas e o mercado pode estar próximo de um topo de preço.
“Em bull market (mercado de alta) as moedas mais antigas tendem a se mover mais. Isso aumenta a oferta relativa de moedas novas na rede”, disse a empresa no Twitter.
Essa relação entre aumento de bitcoins velhos no mercado e preços foi vista nas altas de 2017 e 2018, segundo a Glassnode.
A diferença, no entanto, é que esse fenômeno de movimentação de moedas antigas está mais forte em 2020 do que naqueles dois anos, quando a oferta de moedas novas era de 50%.
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Comportamento do investidor
Os investidores costumam deixar suas criptomoedas dentro das suas carteiras quando acreditam que os ativos ainda não atingiram o seu potencial de valorização. A ideia é acumular – em vez de vender BTC – enquanto a sua cotação ainda está subindo.
Porém, quando esses investidores começam a se desfazer de seus seus estoques, é um sinal de que eles pensam que o bitcoin não tem mais uma margem significativa de crescimento.
Também nessa linha, os investidores que guardam BTC há mais de seis meses compraram a moeda a um preço mais baixo. Agora, eles estão vendendo, o que pode simbolizar uma realização de lucros.
Um investidor que tenha comprado um BTC há seis meses, por exemplo, pagou cerca de R$ 72 mil na moeda, segundo o Índice de Preço do Bitcoin. Se decidir vender o ativo nesta segunda-feira (22), ele irá ter lucro de 341% sobre o investimento.