A New Huo Technology, novo nome que a conhecida corretora Huobi adotou, divulgou que possui o equivalente a US$ 18,1 milhões em criptomoedas depositados na FTX. Desse montante, US$ 13,2 milhões são de clientes e US$ 4,9 milhões da própria Huobi.
A informação foi divulgada pela Huobi em um comunicado para os acionistas publicado nesta segunda-feira (14) no site da companhia de Hong Kong. O fundador da empresa e dono de 53% das ações da empresa, Li Lin, irá colocar até US$ 14 milhões para cobrir os ativos de clientes da Huobi que estão trancados agora na FTX.
O que motivou o informe aos acionistas foi a FTX ter entrado oficialmente com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O fato é descrito no documento da Huobi como “incidente” e a empresa calcula que irá trazer impactos financeiros para seus acionistas.
“O Conselho prevê que a preformance finaneiro do grupo deve ser afetada negativamente se o incidente [recuperação judicial da FTX] não for resolvido. O Conselho irá debater com o auditor do grupo o impacto do Incidente na posição financeira”, afirma Wu Shupeng, diretor executivo da companhia e signatário do informe.
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Recuperação judicial da FTX
A crise na corretora de criptomoedas FTX chegou ao auge na sexta-feira (11). Após sangrar em público por vários dias, a exchange criada por Sam Bankman-Fried (SBF), uma das maiores do mundo, quebrou e entrou com pedido de recuperação judicial do tipo “Chapter 11” — referência ao capítulo da Lei de Falências dos EUA, que permite a uma empresa criar um plano de recuperação sob intervenção judicial para pagar os credores ao longo do tempo.
O agora ex-bilionário Bankman-Fried se afastou da direção do da empresa e foi substituído por um executivo chamado John Ray III, mas se comprometeu a “ajudar em uma transição organizada”.
O pedido de recuperação judicial abrange a maior parte das companhias do grupo FTX, incluindo o braço americano FTX US, a Alameda Research e “aproximadamente 130 outras companhias afiliadas”, segundo comunicado da empresa.