A gigante exchange de criptomoedas Huobi, visando harmonia com o governo chinês, criou um comitê do Partido Comunista da China por meio da sua subsidiária ‘Beijing Lianhuo Information Service’, reportou o South China Morning Post nesta segunda-feira (19).
A Huobi, que é a terceira maior bolsa de criptomoedas do mundo, passa a ser a primeira do setor de blockchain a criar vínculo com o Partido que governa a China desde 1948. Agora a empresa vai ter colaboradores ligados ao governo e, portanto, vai receber alguns benefícios, diz o site.
O que acontece é que, segundo as leis do Partido Comunista, as empresas — particularmente as estatais — têm por obrigação abrir um comitê quando contratar pelo menos três funcionários membros do Partido a fim de se estabelecer como uma filial de ações políticas, diz a reportagem.
Embora a ordem não obrigue a contratação pelas empresas privadas, algumas empresas de capital fechado começaram a lançar comitês partidários nos últimos tempos a fim de formar laços mais profundos com o governo.
Isso já aconteceu com grandes empresas, como, por exemplo, o maior portal de serviços de internet da China, a Tencent, e a gigante chinesa Alibaba Group. Ambas empresas também têm seus comitês do Partido Comunista.
Li Lin, fundador e proprietários da Huobi, que disse que o lançamento do comitê é tido como um marco para a empresa, saudou o Partido Comunista por suas políticas amigáveis em relação à indústria de blockchain, diz o site.
O novo papel a ser desempenhado agora pela Huobi foi descrito por um oficial do Partido Comunista.
Ele disse: “Precisamos reforçar a liderança política e levar adiante os princípios e políticas do partido em empresas privadas”.
A Huobi é um dos pesos-pesados do mercado internacional.
Atualmente, a exchange oscila entre a terceira e a quarta posição no ranking de maiores bolsas de criptomoedas do mundo em volume diário de transações, com cerca de US$ 900 milhões em negociações nas últimas 24 horas, segundo o CoinMarketCap.
Huobi no Brasil
Há uma semana, a Huobi Brasil — que vinha promovendo ações com distribuições gratuitas de criptomoedas, demitiu 6 dos 10 funcionários que trabalhavam na filial brasileira. Isso aconteceu após apenas cinco meses de operação nacional.
A informação de que houve desligamentos foi confirmada por telefone pelo CEO da empresa no Brasil, Frank Tao. Ele não quis comentar sobre os números.
China e Blockchain
O governo chinês tem sido amigável com blockchain, mas ainda mantém uma postura dura contra as criptomoedas.
Após a proibição do bitcoin e criptomoedas na China, a própria Huobi foi uma das empresas que deixou a China antes de se instalar em Cingapura, onde opera atualmente.
O Partido Comunista também ficou de olho em tudo o que era relacionado a criptomoedas, inclusive eventos locais. Segundo a CCN, avisos eram emitidos com frequência, aconselhando as pessoas a não participar de qualquer atividade no setor.
Ao mesmo tempo em que a China condena o bitcoin e as criptomoedas, se esforça para estabelecer o uso da tecnologia blockchain na indústria do país.
A prova disso é que mensalmente o Instituto de Pesquisa do Ministério da Indústria e da Informação da China (CCID) lança um relatório referente às funcionalidades de plataformas blockchains — que geralmente é liderada ou por Ethereum ou EOS.
No entanto, também há evidências de que o país deseja trabalhar em uma moeda digital nacional, visto que, recentemente, o Instituto de Pesquisa de Moedas Digitais do Banco Central da China (PBoC) abriu quatro vagas de trabalho para profissionais da área de finanças e criptomoedas.
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