Ilustração mostra emogis com flatulência
(Imagem gerada por IA por Decrypt)

Traders de criptomoedas estão abraçando o absurdo em meio à volatilidade causada por tarifas e à incerteza mais ampla no mercado, o que impulsionou a recente disparada da Fartcoin e de outras memecoins baseadas na Solana, inspiradas em temas como flatulência e características anatômicas.

A Fartcoin subiu 4% nas últimas 24 horas, atingindo US$ 0,91 — uma valorização de 97% nos últimos sete dias e 238% nos últimos 30 dias, segundo dados do CoinGecko.

Publicidade

Em um momento em que as principais criptos vêm enfrentando quedas acentuadas — o Ethereum, por exemplo, recuou 7,6% na semana — por que a Fartcoin está conquistando os traders? Pode haver certo conforto no nonsense, ou pelo menos nas memecoins que já dispararam antes e estão fazendo isso novamente.

“Acho que todo mundo sabe no que está se metendo”, disse Matthew Nay, analista de pesquisa da equipe de serviços de protocolo da Messari, sobre tokens como a Fartcoin.

“Tipo o Bitcoin, que é a memecoin original. Você não conhecia o fundador… era algo descentralizado na prática. Com a Fartcoin, não há um fundador para aplicar um golpe, nem cronograma ou roadmap a seguir. Em vez disso, você está apenas especulando com base no sentimento.”

O sentimento em torno do token melhorou recentemente, com seu “mindshare” mais que dobrando para 28,72% desde 1º de abril, superando todos os outros tokens relacionados à inteligência artificial, segundo dados da plataforma de análise Cookie.fun. A ferramenta usa informações do X (antigo Twitter) e da blockchain da Solana para medir a atenção dedicada a cada token entre os participantes do mercado.

Publicidade

Para esses participantes, o apetite por risco e o “viés de alta no longo prazo” em relação às criptomoedas ainda não desapareceram, segundo Nay.

“Não foi tanta gente que saiu do mercado nos últimos 2 ou 3 meses, e todos se lembram de ter ganhado muito dinheiro com as memecoins — especialmente com a Fartcoin, por conta da valorização absurda,” ele acrescentou.

O token, que foi idealizado por um agente de IA em outubro do ano passado, atingiu sua máxima histórica de US$ 2,48 em janeiro. Em março, caiu para cerca de US$ 0,20, mas apresentou forte recuperação nas últimas semanas.

“Isso é só a continuação de um padrão que vemos em todo o mercado cripto com projetos clonados”, disse Nay. “Assim que alguém vê algo dando certo, tenta recriar uma versão parecida para pegar carona no sucesso da primeira versão: Uniswap e SushiSwap, Ohm e Abracadabra, etc.”

Publicidade

O destino desses tokens no futuro próximo é imprevisível, principalmente diante da volatilidade da Fartcoin nos últimos meses. O analista da Messari afirmou estar curioso para ver o que acontecerá com essas memecoins caso surjam mais notícias econômicas negativas nos próximos dias.

“Estamos começando a esfriar no ambiente macroeconômico”, disse ele. “As pessoas estão prontas para pisar um pouco mais no acelerador e voltar a focar nos fundamentos das criptomoedas”, acrescentou, destacando que, se não houver grandes notícias negativas no horizonte, uma nova onda de memecoins pode estar a caminho.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

VOCÊ PODE GOSTAR
logo da blackrock e bitcoin fundem

ETF de Bitcoin da BlackRock ultrapassa a marca de 700 mil BTC

A popularidade do fundo pode ajudar a manter a volatilidade do Bitcoin relativamente baixa — ao menos no curto prazo, segundo analistas
Imagem da matéria: NFTs mais baratos impulsionam vendas, mas volume negociado segue em queda

NFTs mais baratos impulsionam vendas, mas volume negociado segue em queda

Um grande salto nas transações de NFTs pode estar ligado ao airdrop do token $SEA da OpenSea
bitcoin, criptomoedas, alta, verde, uptober

Bitcoin atinge novo recorde de US$ 113 mil após Trump exigir corte de juros

Criptomoeda dispara acima de US$ 113 mil depois que o presidente dos EUA voltou a cobrar redução das taxas de juros pelo Fed
homem com capuz sem rosto hacker golpista

Exchange GMX é explorada e perde R$ 220 milhões em Bitcoin e altcoins

A exchange descentralizada GMX ofereceu ao invasor uma recompensa de R$ 22 milhões em troca dos fundos