notas de dinheiro envoltas a moedas de bitcoin, com num cofre
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Apesar do atual mercado de baixa das criptomoedas, certas pessoas parecem estar navegando nessas águas com habilidade.

Um relatório recente da Henley & Partners revela que o mundo atualmente abriga seis bilionários de Bitcoin e 22 bilionários cujas participações estão espalhadas por múltiplas criptomoedas.

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Embora o estudo não divulgue nenhuma informação sobre a identidade desses indivíduos, alguns dos cripto bilionários mais famosos incluem o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, e o cofundador da Ripple, Chris Larsen.

O estudo também revela que existem 88,2 mil indivíduos em todo o mundo que possuem mais de US$ 1 milhão em criptomoedas. Destes, quase metade – 40,5 mil – possui participações em Bitcoin superiores a US$ 1 milhão.

Se esses números parecem elevados, têm de ser relativizados. “Considerando os mais de 20 milhões de milionários globais, com base na riqueza líquida (compreendendo ações listadas, dinheiro e participações imobiliárias), os cripto milionários representam apenas uma pequena parcela”, disse um porta-voz da Henley & Partners ao Decrypt.

Além disso, 78 indivíduos são “centimilionários” de Bitcoin, detendo mais de US$ 100 milhões na criptomoeda, enquanto 182 detêm US$ 100 milhões ou mais em diversas criptomoedas.

“Os milionários do Bitcoin constituem aproximadamente 46% de todos os cripto milionários, mas apenas 27% dos cripto bilionários”, disse um porta-voz da Henley & Partners. “Essa desproporção surge principalmente das participações substanciais de investidores e fundadores originais em criptomoedas alternativas”.

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Os EUA lideram o grupo com o maior número de cripto milionários, seguidos pela Índia, China, Brasil e Rússia.

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O relatório baseou-se em informações públicas compartilhadas por grandes acervos de criptomoedas de grandes plataformas como Binance, CoinMarketCap e Etherscan. Também teve em conta os modelos internos de níveis de riqueza da Henley & Partners, que avaliam bilionários, milionários e outros indivíduos com elevado patrimônio líquido, utilizando uma distribuição progressiva da curva de Lorenz.

A crescente adoção das criptomoedas

O relatório também analisa o mercado mais amplo de criptomoedas, com os analistas da Henley & Partners argumentando que as criptomoedas representam o “pináculo do comércio e da tecnologia nas últimas três décadas” e destacando a resistência da tecnologia, bem como a economia que ela oferece às empresas.

A análise deles compara o cenário atual enfrentado pelas criptos à bolha pontocom do final dos anos 1990 e início dos anos 2000, lembrando a queda de 93% no valor da Amazon durante a crise.

O relatório também identifica países que estão se tornando centros cripto, incluindo Portugal e Montenegro, e conclui com um Índice de Adoção de Criptomoedas detalhando as nações com as taxas de adoção mais elevadas.

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A Henley & Partners descreve o índice como um reflexo das “principais opções de programas de migração de investimentos para investidores em cripto”.

Singapura emergiu como líder, com a Suíça e os Emirados Árabes Unidos logo atrás. Os EUA e o Reino Unido garantiram a quinta e a sétima posições, enquanto os dez primeiros também incluíram Austrália, Canadá, Malta e Malásia.

Notavelmente, Singapura e os Emirados Árabes Unidos receberam elogios pelas suas políticas favoráveis aos impostos para os entusiastas de criptomoedas.

Embora o interesse público pelas criptos seja alto nos EUA e no Reino Unido, ambas as nações ficaram para trás em termos de isenção fiscal, de acordo com o relatório. No entanto, tiveram um desempenho superior em áreas específicas: os EUA dominaram a adoção de infraestruturas, examinando a prevalência de caixas eletrônicos cripto e a integração por bancos locais. Enquanto isso, o Reino Unido conquistou a liderança em inovação e tecnologia.

*Traduzido por Rodrigo Tolotti com autorização do Decrypt.

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