Imagem da matéria: Haddad afirma que criptomoedas podem causar muitos problemas: "É mexer com fogo"
Haddad afirma que a desrregulamentação do mercado levou à crise de 2008 (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

O candidato ao governo do estado de São Paulo Fernando Haddad (PT) reiterou nesta quarta-feira (3) sua visão crítica sobre as criptomoedas e uso do Bitcoin como moeda de curso legal. O ex-prefeito da capital paulista participou de um evento na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Haddad avalia que políticas como a de El Salvador podem causar “muitos problemas” e disse que a desregulamentação dos mercados financeiros foi o que produziu a crise de 2008.

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“Eu não gosto nada dessa perspectiva. Acho que vai dar muita confusão e causar muito problema ainda. Muito problema!”, disse o candidato.

“Sabe que nos anos 90 quando culminou com a desregulamentação dos mercados financeiros, eu escrevi um artigo falando que aquilo ia gerar a maior crise financeira da história contemporânea. Dez anos depois explodiu a crise de 2008. Por causa da desregulamentação financeira. Isso ai você está mexendo com fogo”, disse Haddad, em resposta a uma pergunta do Portal do Bitcoin.

Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), Fernando Haddad já havia falado sobre criptomoedas em setembro do ano passado.

Compartilhando uma notícia no seu perfil de Twitter que relatava a adoação do Bitcoin como moeda de curso legal em El Salvador, o político disse que aquele era um exemplo do risco dos países da América Latina de perderem a soberania sobre suas moedas.

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Veja abaixo:

Moeda comum na América do Sul

Recentemente, Haddad também publicou um artigo no jornal Folha de S. Paulo, em parceria com o economista Gabriel Galípolo, no qual defendeu a criação de uma moeda fiat comum entre os países da América do Sul.

Nesta quarta (3) o candidato ao governo de São Paulo voltou a falar sobre a proposta. Haddad crê que a América do Sul tem “as condições e até a necessidade” de criar uma moeda comum.

Sua proposta é que essa moeda comum não seja única e, por isso, não substitua as moedas nacionais. Haddad falou que espera que essa bandeira seja encampada pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Acho que uma moeda comum faria muito bem na América do Sul. Sob vários aspectos, inclusive como elemento catalisador de determinção econômica e de infraestrutura. Acho que seria um golaço se o Lula abraçasse a ideia. Vai dar certo porque eu conheço o Lula e é muito inteligente, já está dez anos na frente”, disse Haddad.

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Pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Real Time Big Data e divulgada nesta quarta-feira (3) mostra que Fernando Haddad lidera a corrida para o governo de São Paulo com 33% das intenções de voto.

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