A gestora de ativos digitais Grayscale atingiu US$ 60 bilhões de ativos sob gestão (ou AUM, na sigla em inglês), ultrapassando o SPDR Gold Shares, o maior fundo de índice (ou ETF) de ouro do mundo em liquidez
De acordo com uma atualização da empresa nessa quarta-feira (10), a Grayscale agora controla US$ 60,8 bilhões em AUM em comparação aos US$ 58,3 bilhões em AUM do SPDR Gold Shares.
O Bitcoin Trust (GBTC) da gestora é o produto que compõe grande parte do AUM da Grayscale, com US$ 43,6 bilhões, conforme o Ethereum Trust (ETHE) da gestora possui US$ 14,9 bilhões.
As ambições por um ETF de bitcoin da Grayscale
Há tempos que a Grayscale possui ambições de converter seu GBTC em um ETF de bitcoin à vista e, em outubro, enviou uma solicitação formal à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC).
Até hoje, a SEC rejeitou todas as propostas de um ETF de bitcoin à vista, enquanto aprovou ETFs de futuros de bitcoin da ProShares, Valkyrie e VanEck.
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Esta semana, em participação ao evento “Crypto Goes Mainstream”, Michael Sonnenshein, CEO da Grayscale, afirmou que o debate sobre a aprovação de um ETF de bitcoin à vista “se tornou uma questão política”, pois membros do Congresso Americano já debateram sobre as possibilidades.
Este mês, os deputados Tom Emmer e Darren Soto enviaram uma carta bipartidária a Gary Gensler, presidente da SEC.
Na carta, Emmer e Soto questionaram por que a SEC se recusa a aprovar um ETF de bitcoin à vista enquanto aprova um ETF de futuros de bitcoin que rastreia o preço do mesmo ativo.
Diversas vezes, a SEC destacou a volatilidade do bitcoin em alertas a investidores.
Sonnenshein notou que a indústria cripto e políticos estão argumentando que, “se você está confortável com os derivativos […] e esses contratos futuros derivam sua precificação do próprio mercado à vista, então você inerentemente também está dizendo que está confortável com o mercado à vista”.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.