A província de Hebei, na China, que fica a 300 km Pequim, é a mais recente região a criar ações de repressão aos mineradores de criptomoedas, e já começou dentro de casa. A Comissão de Segurança de Rede e Tecnologia da Informação, liderada pelo Partido Comunista local, deu até o dia 30 deste mês para que todos os departamentos do governo verifiquem seus sistemas e encerre qualquer vinculo com a atividade “ilegal” de mineração.
Conforme anúncio da Comissão de Segurança de Rede e Tecnologia da Informação em sua conta “A mineração de criptomoedas consome uma quantidade enorme de energia, o que vai de encontro com as metas da China na neutralização de carbono”, diz um comunicado no WeChat, segundo uma publicação da Reuters nesta terça (14).
A entidade acrescentou também que a atividade traz enormes riscos financeiros e que o próximo passo será colher informações e denúncias do público em geral. E afirmou que a partir de outubro vai tanto começar a monitorar regularmente o setor quanto punir quem desrespeitar as regras.
As ações de repressão em Hebei já têm ajuda de várias secretarias, como a de Educação, Segurança Pública, Administração e Comunicação. O órgão que fiscaliza o mercado financeiro local também aderiu à iniciativa.
Leia Também
Repressão aos mineradores na China
A repressão aos mineradores de bitcoin na China vem crescendo desde maio deste ano, quando o Conselho de Estado da China mostrou sua posição negativa em relação à atividade. Foi a primeira vez que um alto órgão do governo chinês discutiu sobre a repressão à mineração e negociação de bitcoin no país.
Depois disso, várias cidades começaram a se mobilizar contra os mineradores, que começaram a desligar seus equipamentos e até mesmo deixar o país. A indústria de criptomoedas, então, passou a sofrer uma forte repressão de entidades ligadas ao governo chinês.
Em junho, exchanges como BTCChina e a Okcoin — duas das mais antigas do país — fecharam as portas. As empresas de mineração de bitcoin HashCow e BTC.TOP também suspenderam as atividades; outras, sugeriram que deixariam o país.