Os fundos com exposição a criptomoedas registraram uma semana de entrada líquida, com investidores aproveitando a queda do início do mês, com influxo atingindo US$ 176 milhões entre os dias 5 e 9 de agosto, segundo dados da CoinShares. E entre os destaques ficou o Brasil, com entrada de US$ 19,9 milhões (cerca de R$ 109 milhões).
De acordo com a empresa, por outro lado, o total de ativos sob gestão (AuM) de produtos de investimento caiu para US$ 75 bilhões, eliminando mais de US$ 20 bilhões na correção do mercado, mas desde então se recuperou para US$ 85 bilhões.
Além disso, a CoinShares destaca que a atividade de negociação em produtos foi muito maior do que o normal em US$ 19 bilhões na semana, contra US$ 14 bilhões na média semanal deste ano até agora.
“Excepcionalmente, todas as regiões tiveram entradas na semana passada, sugerindo um sentimento positivo unânime em relação à classe de ativos após a recente correção de preços”, dizem os analistas da empresa.
Além do Brasil, as maiores captações da semana ficaram com Estados Unidos (US$ 89 milhões), Suíça (US$ 20 milhões) e Canadá (US$ 12,6 milhões). Com isso, os EUA permanecem como o único país com saída líquida no mês até o momento, com fluxo negativo de US$ 306 milhões.
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Entre os produtos específicos, o ETF de Bitcoin à vista da BlackRock liderou com folga as entradas da semana, com US$ 408 milhões. Enquanto isso, o fundo de BTC da Grayscale foi o que registrou pior resultado, com saídas de US$ 552 milhões.
O Ethereum (ETH) foi o ativo que mais se beneficiou da recente correção do mercado, atraindo US$ 155 milhões em entradas na semana passada. Isso eleva suas entradas no ano até o momento para US$ 862 milhões, a maior desde 2021, em grande parte impulsionada pelo recente lançamento de ETFs à vista nos EUA, explicou a CoinShares.
Já o Bitcoin (BTC) começou a semana com saídas, mas viu entradas significativas nos últimos dias, elevando as entradas semanais totais para US$ 13 milhões. Enquanto isso, os fundos que operam vendidos em Bitcoin (apostam na queda) viram suas maiores saídas desde maio de 2023, totalizando US$ 16 milhões (23% do AuM), reduzindo o AuM em posições vendidas para o nível mais baixo desde o início do ano.
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