Imagem da matéria: Fundadores dos Bored Apes respondem às acusações de nazismo: "Campanha de desinformação"
Gordon Goner (Wylie Aronow), cofundador do Yuga Labs, e seu Bored Ape.

Seis meses depois de o Yuga Labs ter respondido pela primeira vez a acusações de sua coleção de tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês) Bored Ape Yacht Club (ou BAYC) conter imagens racistas, seus fundadores publicaram um artigo para abordar a questão com mais detalhes.

“Nos tornamos alvo de uma campanha maluca de desinformação que nos acusa — um grupo de amigos judeus, turcos, paquistaneses e cubanos — de sermos nazistas supersecretos”, escreveu Gordon Goner (cujo nome verdadeiro é Wylie Aronow), cofundador do Yuga Labs, na plataforma Medium na sexta-feira (24).

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Ele chamou as acusações de serem “absurdamente exageradas” e uma “porcaria” e compartilhou que, na sua opinião, era hora de “pôr um fim em tudo isso”.

https://twitter.com/GordonGoner/status/1540351103094738947

Goner destacou que o Yuga Labs já tinha explicado grande parte de suas origens em outras postagens, mas forneceu mais contexto sobre a origem do logo do BAYC, o nome “Yuga Labs” e o pseudônimo da equipe de fundação, dentre outras coisas.

“Existe um longo histórico de pessoas que afetuosamente se autodenominam como ‘macacos’ em cripto”, explicou Goner em relação à decisão da equipe em criar os avatares Apes.

Ele também compartilhou um e-mail privado que fornece informações sobre a criação do logo BAYC, inspirado na cultura do skate, hip-hop, animes japoneses e moda urbana, de acordo com a mensagem.

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Goner chamou o ativista antiBAYC Ryder Ripps de “troll” que está “espalhando teorias de conspiração ridículas on-line e usando-as para vender NFTs de falsificação”.

Ripps, um diretor criativo que fundou o site gondongoner.com para dar detalhes de suas teorias sobre por que BAYC é “racista” e “contém linguagens em código [‘dog whistles’] nazistas”, criou uma coleção NFT no Ethereum, RR/BAYC, que diretamente copia a arte do BAYC. A foto de perfil de Ripps no Twitter é seu avatar RR/BAYC.

A coleção de Ripps foi removida do OpenSea por conta de “uma alegação de violação à propriedade intelectual”.

Captura de tela da mensagem que aparece ao tentar acessar a coleção NFT RR/BAYC no OpenSea.

Antes de ser removida do OpenSea, a coleção de Ripps gerou quase 2,9 mil ETH de volume total negociado (ou US$ 3,48 milhões).

Quando perguntado na terça-feira (21) sobre o que ele planejava fazer com os fundos da coleção, Ripps contou ao Decrypt que ele “iria usá-los para pagar Neil Strauss para escrever um livro sobre mim” — zombando do fato de que, em 2021, o autor americano conhecido, por escrever biografias de grandes celebridades, iria escrever um livro sobre um Bored Ape.

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Em uma publicação no Instagram em maio, Ripps disse que havia criado os NFTs RR/BAYC em uma tentativa de “derrubar” o Yuga Labs. “A obra é uma provocação e está funcionando para derrubar essa empresa.”

Ripps não respondeu ao recente pedido por comentários do Decrypt.

As acusações de racismo contra BAYC existem há meses e recorrem a referências obscuras a detalhes minuciosos à arte da coleção NFT, aos pseudônimos escolhidos pelos fundadores e até menções aparentemente inconsequentes em publicações nas redes sociais ou pelos fundadores ou seus membros da família.

Por exemplo, Ripps afirma que uma referência à palavra “cowabunga” na biografia do Instagram da esposa do cofundador Garga é uma evidência de uma referência à “extrema-direita”.

“A esposa de Garga é americana-mexicana e ela gosta das Tartarugas Ninja, assim como milhões de pessoa”, respondeu Goner no artigo mais recente.

No entanto, as acusações ressurgiram essa semana após um youtuber chamado Philion publicar um vídeo com uma hora de duração chamado “BORED APE NAZI CLUB” que se aprofundava nas acusações de Ripps. Neste momento, o vídeo possui cerca de 914 mil visualizações.

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Goner e Yuga Labs descartam tanto o vídeo como a publicação original de Ripps como uma trolagem elaborada. “No geral, achamos maluco que essas teorias da conspiração conseguiram se proliferar. Realmente mostra o poder que um troll demente (sic) na internet pode ter”, disse Goner.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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