Com investimento tecnológico de R$ 2 milhões e um time que já integrou Morgan Stanley, Easy Taxi e Easy Carros, o Brasil conta com uma nova corretora de criptomoedas. Em um mercado lotado com dezenas de novas exchanges, a Modiax (acrônimo para Mosaico Digital Assets Exchange) nasce com o objetivo de se firmar na América Latina.
O CEO Ythalo Silva, cofundador da Mosaico Digital Assets (holding com foco em empresas de blockchain) e ex-chefe de operações da Easy Carros, afirma que há demanda no país para plataformas seguras, escaláveis e que proporcionem uma boa experiência ao cliente.
“A gente observa o mercado desde o início de 2017 e existe um gap se compararmos com o profissionalismo do mercado financeiro tradicional. Olhamos muito para a CoinBase e para a Binance, por exemplo, e ainda não temos uma dessas na América Latina. Gostaríamos de ser esse player nos próximos anos”, diz Silva.
Além de Silva, estão à frente também o fundador do aplicativo Easy Taxi Vinicius Garcia e Cassiano Silvestre, que foi Vice-Presidente do Morgan Stanley.
O plano é avançar para outros países em 12 meses. México e Argentina, segundo ele, são mercados em potencial depois do Brasil.
Uma das justificativas para abrir uma corretora hoje é a aposta de que as criptomoedas se tornarão um meio de pagamento internacional no médio e longo prazo, e de que reguladores ao redor do mundo seguirão passos de países mais abertos a esse mercado, como Suíça e Japão.
Silva afirma que a plataforma é construída com base na “comunidade” (clientes poderão dar feedbacks sobre a plataforma), na segurança e na infraestrutura. A ideia é servir para o investidor experiente, mas também “pegar pela mão” quem nunca apostou nesse setor.
“O mecado de criptomoedas está comecando e tende a ser muito maior. A gente costuma falar em ativos digitais, não em criptomoedas, porque acreditamos que os ativos do mercado tradicional serão tokenizados. Queremos estar prontos para quando isso acontecer”, diz o CEO.
A Modiax foi lançada há menos de duas semanas e conta com 5 mil cadastros. Por enquanto, a plataforma opera Bitcoin, mas há planos de incluir no portfólio outras moedas em breve, como Ethereum e Ripple.
Nos próximos três meses, clientes terão isenção de taxas. A projeção de faturamento é alta: R$ 20 milhões até o fim do ano.
Há menos de duas semanas, o tradicional Grupo B&T também entrou no mercado de criptomoedas, com a exchange bitblue.com. O banco Morgan Stanley coloca o Brasil na sétima posição do ranking de número de corretoras. Esse lugar, no entanto, já pode ter mudado. No início de junho, o Portal do Bitcoin contabilizou 32 corretoras em operação por aqui.
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