“Faraó do Bitcoin” troca time de advogados após prisão de esposa nos EUA

Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, contratou os mesmos advogados de sua mulher para defender os casos criminais que responde na Justiça
Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó do Bitcoin"

(Foto: Reprodução)

Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoin”, mudou os responsáveis por sua defesa nas ações criminais que responde na Justiça, segundo informações do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Com isso, deixam o time de defesa dele as advogadas Flávia Fróes e Juliana Bierrenbach, que haviam sido contratadas em maio do ano passado. Segundo Jardim, para ocupar o lugar, foram contratados André Hespanhol e Ciro Chagas, dois nomes que já haviam trabalhado para ele anteriormente.

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A defesa de Glaidson conta ainda com os advogados David Augusto de Figueiredo, Sandra de Fátima Cardoso de Figueiredo e Caio Fernandes Gioia Enne Aded, todos do escritório David Figueiredo Advogados.

A saída de Flávia e Juliana ocorre após a prisão da esposa do “Faraó”, a venezuelana Mirelis Yoseline Dias Zerpa, que aconteceu na semana passada nos Estados Unidos. Hespanhol e Chagas já faziam a defesa dela.

Mirelis foi presa no dia 24 de janeiro em Chicago, EUA, por conta de problemas em seu visto, que estava irregular. Ela estava foragida há mais de dois anos, desde que a operação Kryptos, que derrubou o esquema fraudulento da GAS Consultoria, foi deflagrada.

A venezuelana foi a pessoa responsável por apresentar a Glaidson o mundo das criptomoedas e seu funcionamento. Dentro da GAS, ela seria a responsável por cuidar do dinheiro, enquanto o “Faraó” lidava com as pessoas.

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A troca na equipe de defesa ocorreu apenas para questões criminais. Segundo Jardim, Juliana e Flávia seguem à frente das causas relativas à falência da GAS, empresa fundada por Glaidson e que deixou cerca de 127 mil credores e mais de R$ 9 bilhões em dívidas.

O caso GAS Consultoria

A GAS Consultoria foi uma empresa criada por Glaidson que captava clientes com promessas de rendimentos de 10% ao mês que supostamente viriam do trade de criptomoedas.

Mais tarde, seu modelo de operação, supostamente de uma pirâmide financeira, desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras. Em 2021 foi deflagrada a Operação Kryptos, que desmontou o esquema da GAS e prendeu o “Faraó”.

Além da acusação de crimes financeiros, Glaidson responde por homicídio e tentativa de homicídio. Ele é acusado de mandar matar duas pessoas: Wesley Pessano Santarem e Adeilson José da Costa, que sobreviveu à ação criminosa.

*Essa matéria foi alterada após contato do advogado David Figueiredo confirmando que ele faz parte da defesa de Glaidson.