Imagem da matéria: Executivo admite culpa por aplicar golpe com criptomoeda e usar dinheiro para pagar condomínio no Havaí
(Foto: Shutterstock)

Na segunda-feira (25), o Departamento de Justiça dos EUA (ou DOJ, na sigla em inglês) anunciou que o CEO da Titanium Blockchain Infrastructure Services (ou TBIS), Michael Stollery, declarou-se culpado por ter participado em um esquema que lucrou US$ 21 milhões – mais de R$ 100 milhões – por meio de uma oferta inicial de moeda (ou ICO) fraudulenta.

De acordo com o DOJ, Stollery chamou o esquema de “oportunidade de investimento em criptomoedas”, atraindo investidores a adquirirem o token BAR da empresa por meio de uma série de declarações falsas e enganosas.

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O DOJ também alega que Stollery falhou em registrar a oferta da TBIS, conforme o necessário.

“Stollery não registrou a ICO relacionada à oferta de investimento em criptomoedas da TBIS com a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC) nem tinha uma isenção válida dos requisitos de registro da SEC”, escreveu o DOJ.

Golpe da BAR

Em sua própria denúncia em 2018, a SEC alegava que o esquema de Stollery conseguiu arrecadar cerca de US$ 21 milhões em ether (ETH), bitcoin (BTC) e dinheiro em espécie de dezenas de investidores localizados em pelo menos 18 estados americanos e no exterior.

Stollery se declarou culpado por uma acusação de fraude com valores mobiliários. Além de operar uma ICO não registrada, a agência alega que Stollery admitiu ter usado o fundo de investidores para pagar contas de seu condomínio no Havaí e faturas de cartão de crédito.

A agência afirma que Stollery admitiu ter exagerado a possível rentabilidade do token, falsificando aspectos dos whitepapers da TBIS, apresentando falsos testemunhos de clientes e afirmando ter uma relação com grandes empresas e o Federal Reserve — o banco central do país — no site da empresa.

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Caso seja condenado, Stollery poderá enfrentar até 20 anos de prisão. Sua sentença está prevista para o dia 18 de novembro de 2022.

Reguladores federais estão cada vez mais ativos no setor de criptomoedas. Na semana passada, o DOJ e a SEC apresentaram denúncias distintas contra Ishan Wahi, ex-gerente de projetos da corretora cripto Coinbase e dois outros indivíduos por abusarem de informações privilegiadas (do inglês “insider trading”).

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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