Ex-funcionários da Braiscompany são presos pela Polícia Federal 

Apesar das prisões de ontem, o casal líder da Braiscompany segue foragido
Imagem da matéria: Ex-funcionários da Braiscompany são presos pela Polícia Federal 

Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, casal que criou a Braiscompany (Foto: Reprodução/Instagram)

Três ex-funcionários da Braiscompany, a pirâmide financeira que lesou milhares de investidores na Paraíba, foram presos na sexta-feira (23) pela Polícia Federal. 

A prisão foi executada pela delegacia de Foz do Iguaçu, no Paraná, região de fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai, após o serviço de inteligência da PF localizar os alvos.

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Segundo o G1, as autoridades confirmaram que os três ex-funcionários da Braiscompany eram foragidos da Operação Halving, que foi deflagrada em fevereiro deste ano para derrubar o esquema fraudulento de criptomoedas da Brais.

Segundo o advogado Artêmio Picanço, os alvos presos foram Victor Hugo, Sabrina Lima e Arthur Lima, ex-funcionários que mantinham uma relação mais próxima com a liderança da empresa.

Apesar das prisões de ontem, os dois principais líderes da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, seguem foragidos da PF e alvos de alerta vermelho da Interpol.

CPI das Pirâmides Financeiras convoca Brais

O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), presidente da CPI das Pirâmides Financeiras instaurada na Câmara para investigar os esquemas que usam criptomoedas para enganar investidores brasileiros, pediu na última segunda-feira (19) a convocação dos líderes da Braiscompany para prestar depoimentos na comissão.

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Ribeiro solicitou que Neto Ais seja convocado “para prestar esclarecimentos acerca das suspeitas de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa”.

Já o deputado Júnior Mano (PL/CE), membro da comissão, foi mais incisivo. Seu requerimento foi para que Neto Ais e Fabrícia Campos sejam convocados na condição de investigados. 

“A presença dos mesmos é indispensável para que se possa investigar a fundo as práticas fraudulentas da empresa, bem como identificar outros envolvidos e adotar as medidas necessárias para reparar os prejuízos causados aos investidores e à sociedade como um todo”, afirmou Mano. 

O deputado pediu que fossem tomadas “todas as providências cabíveis” para a convocação de Antônio e Fabrícia. Ambos os requerimentos serão voltados pelos demais membros da CPI na próxima reunião do grupo, marcada para terça-feira (27).