martelo de juiz com logo da ftx ao fundo
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Promotores federais dos Estados Unidos pediram uma pena de 5 a 7 anos de prisão para Ryan Salame, ex-diretor da FTX que se declarou culpado por crimes financeiros em setembro do ano passado. A requisição foi feita por meio de um documento enviado na terça-feira (21) à corte que julga o caso. 

A defesa de Salame já havia se manifestado no processo, afirmando que uma pena adequada não passaria de 18 meses de prisão. Os advogados argumentam que o cliente não desempenhou um papel central na fraude aos clientes da FTX e que até mesmo agiu para tentar ajudar os investidores. 

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Mas os promotores discordam veementemente. “A afirmação do réu de que seus crimes tinham a intenção de ajudar apenas a FTX e a indústria de criptomoedas em geral não é atenuante e também é desmentida pelas evidências, que indicam que o réu se beneficiou pessoalmente de várias maneiras com suas ações criminosas”, aponta a acusação.

Salame fez doações de US$ 24 milhões para campanhas políticas nos Estados Unidos. Agora, sabe-se que esse dinheiro saiu direto da conta dos clientes da corretora. 

“A infração de financiamento de campanha é uma das maiores da história americana, e o negócio de transmissão de dinheiro não licenciado movimentou mais de 1 bilhão de dólares sem a devida supervisão”, acrescentaram os promotores.

A audiência para estabelecer a pena de Ryan Salame está marcada para ocorrer na próxima terça-feira, 28 de maio.

Papel de Salame nos negócios da FTX

O patrimônio de Salame aumentou substancialmente durante o boom do mercado cripto, já que ele teria obtido US$ 87 milhões em bônus e empréstimos da empresa de formação de mercado da FTX, a Alameda Research.

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Após o colapso da FTX em novembro de 2022, documentos judiciais obtidos pelo Wall Street Journal revelaram que Salame — então presidente da FTX Digital — avisou as autoridades das Bahamas do fato da exchange de criptomoedas estar usando fundos de clientes para cobrir perdas da Alameda.

Os promotores alegam que Bankman-Fried recrutou executivos — incluindo Salame, que ingressou na empresa em 2021 — para atuar como procuradores de sua empresa e doar dezenas de milhões de dólares para candidatos tanto Republicanos e Democratas.

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