Tidjane Thiam ex-CEO do banco Credit Suisse pos para foto
Ex-CEO do Credit Suisse, salvo pelo UBS,  tachou o bitcoin de “bolha” há cinco anos

Anos vão, anos vem, e as frases de haters do Bitcoin sempre renascem nos momentos em que a principal criptomoeda do mundo ganha força durante crises do sistema financeiro tradicional. O tiro no pé desta vez veio do executivo marfinense Tidjane Thiam, ex-CEO do quase falido banco Credit Suisse – que precisou ser resgatado por meio de uma venda ao concorrente UBS, no último domingo (19) ,

Há cinco anos, Thiam classificou o Bitcoin (BTC) como uma bolha financeira. “A única razão para comprar ou vender bitcoin é ganhar dinheiro, que é a própria definição de especulação e a própria definição de uma bolha”, disse Thiam em coletiva de imprensa em novembro de 2017. Sua fala foi relembrada nesta terça-feira (21) por diversos veículos de imprensa, como a Bloomberg.

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Na época, o preço BTC saiu da faixa de US$ 6 mil e bateu na casa dos US$ 20 mil.

Mas Thiam não parou por aí. Ele também disse que uso da criptomoedas se devia ao crime de lavagem de dinheiro e que, por isso, os bancos não tinham apetite pela nova tecnologia. Por fim, o ex-Credit Suisse acrescentou que na história das finanças essa suposta especulação “raramente levou a um final feliz”.

Mas quem não teve um final feliz foi o banco que Thiam dirigiu por mais de cinco anos. No último fim de semana, o UBS comprou o antigo rival Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões (R$ 16,8 bilhões).

Tidjane Thiam, que dirigiu o banco suíço de 2015 a 2020, ou seja, por mais de mais de cinco anos, trabalha atualmente como diretor executivo no grupo de comunicação francês Publicis.

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Ironias

Nos últimos anos, tanto o Bitcoin quanto sua tecnologia nativa, blockchain,  vem sendo adotada por vários grandes bancos, seja para a área de produtos financeiros, como ETFs, por exemplo, seja para a área de segurança da informação.

Enquanto haters do mercado cripto continuam a olhar torto para o Bitcoin, o preço continua subindo. Nesta manhã de terça-feira, o BTC é negociado na faixa de US$ 28 mil. No mercado brasileiro, a moeda é cotada acima dos R$ 148 mil.

Atualmente, de acordo com analistas do MB Research, métricas on-chain e provável retorno a uma política monetária mais flexível nos EUA corroboram para um cenário otimista do mercado cripto.

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