O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) acusou nesta sexta-feira (13) 12 supostos espiões russos de interferirem nas eleições presidenciais americanas em 2016. Segundo a publicação, R$ 95 mil em bitcoins foram usados na ação para compra de serviços de internet.
De acordo com o documento assinado pelo Promotor Especial da DOJ, Robert S. Mueller, a acusação é de que agentes da agência de inteligência do governo russo (GRU) cometeram crimes federais que tinham a intenção de causar danos à candidata do Partido Democrata Hillary Clinton.
Mueller, que já foi chefe do FBI, é responsável pela investigação de uma suposta trama entre russos e coordenadores da campanha presidencial de Donald Trump. Ele mostra detalhes minuciosos da ação dos agentes russos que trabalham nas Unidades 26165 e 74455.
O documento afirma que entre 14 de março e 28 de abril de 2016, os conspiradores, que também usaram identidades falsas, utilizaram Bitcoin nas compras de servidores e domínios na Malásia e redes privadas (VNP) e assim hackearam o comitê Democrata daquele ano.
O processo foi usado, então, pela turma do 26165 para roubar e-mails, documentos e monitorar secretamente a atividade de computadores do comitê de Clinton. Já a turma do 74455 ficou responsável pela divulgação dos documentos.
Na internet, os invasores alegavam ser “hacktivistas americanos” e usavam contas do Facebook com nomes fictícios e contas no Twitter para promover o site.
“Esses oficiais se empenharam para invadir as redes de computadores do Comitê da campanha presidencial de Hillary Clinton e divulgaram informações na Internet sob os nomes ‘DCLeaks’ e ‘Guccifer 2.0’ e através de outra entidade”, diz o comunicado do DOJ.
A inteligência dos EUA concluiu, então, que a Rússia interferiu no processo eleitoral norte-americano de 2016 para arruinar a campanha da candidata democrata, Hillary Clinton.
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