Ethereum faz aniversário e completa nove anos do primeiro bloco minerado

Rapidamente após o lançamento, Ethereum se tornou o segundo projeto cripto mais valioso e hoje tem capitalização de R$ 395 bilhões
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Foto: Shutterstock

A blockchain Ethereum está completando nove anos de existência hoje. Foi no dia 30 de julho de 2015 que a rede foi lançada e o primeiro bloco foi minerado. Rapidamente o token nativo, o Ether (ETH), tornou-se a segunda criptomoeda mais valiosa do mercado, posição que ocupa com muita margem ainda nos dias de hoje. 

Apesar de existir um debate sobre a data exata, com pessoas apontando como a publicação do White Paper como marco temporal, o criador do projeto já cravou 30 de julho como o dia do aniversário: Vitalik Buterin foi ao X dar parabéns para o projeto. 

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“Parabéns pelo nono aniversário Ethereum! Ansioso para ver o que irá acontecer na próxima década”, disse Vitalik.

Ao longo desses nove anos de existência, o Ethereum foi capaz de sobreviver a um ataque quase catastrófico e a um hard fork polêmico. Ao mesmo tempo, foi a base para que as principais inovações da economia digital fossem construídas, como as finanças descentralizadas (DeFi), DAOsdApps e NFTs.

O Ethereum tem cotação de US$ 3.289 no momento da redação deste texto. Isso ainda está 32% abaixo da máxima histórica, atingida em 10 de novembro de 2021, quando a criptomoeda bateu em US$ 4.878. A capitalização de mercado é de US$ 395 bilhões. Os números são da CoinGecko.

ETFs de Ethereum

O Ethereum vive um momento importante: a semana passada foi a primeira na qual estiveram disponíveis os ETFs de Ethereum à vista no mercado dos Estados Unidos. ETFs são produtos financeiros que permitem que a pessoa se exponha ao ativo, sem ter que lidar com a custódia direta.

No caso do Bitcoin, os ETFs lançados no começo do ano geraram uma demanda tão forte que fizeram o BTC renovar sua máxima histórica, que seguia desde novembro de 2021.

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Nesta primeira semana, os ETFs de Ethereum registraram saídas líquidas de US$ 340 milhões (R$ 1,9 bilhão). O movimento de êxodo ocorre por conta do fundo de Ethereum da Grayscale, que foi convertido em um ETF, sob ticker ETHE, e que vê saídas massivas de clientes em busca de outras opções no mercado, com taxas mais atrativas.

O produto da Grayscale teve saídas de US$ 1,5 bilhão nos quatro dias úteis de negociação (23, 34, 25 e 26 de julho). O que explica essa saída é a taxa de 2,5%, muito acima das praticadas pelos concorrentes, que vão de 0,15% até 0,25%. Os números são da Farside Investors.

As entradas em outros participantes foram relevantes: o ETF da BlackRock (ETHA) teve aportes de US$ 442 milhões, o da Fidelity (FETH) de US$ 219 milhões e o da Bitwise (ETHW) de US$ 265 milhões. 

Atualizações da blockchain

A última grande atualização da blockchain Ethereum foi implementada em março. A Dencun tem a missão de tornar as transações em redes de segunda camada exponencialmente mais baratas e, portanto, mais acessíveis.

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O que possibilita a quase eliminação das taxas de gás da Dencun é uma solução de armazenamento de dados inovadora chamada proto-danksharding, que é alimentada por blobs. Blobs permitem que os dados de segunda camada sejam armazenados on-chain por um período temporário de cerca de um mês, em vez de para sempre — a única opção anteriormente disponível.

A próxima grande atualização será a Pectra, que está planejada para o primeiro trimestre do ano que vem.  A atualização deve incorporar pelo menos 11 propostas (EIP) para aperfeiçoar o código da Ethereum Virtual Machine (EVM) tanto no nível de camada um, como nas redes de segunda camada. 

A principal mudança está disposta na proposta EIP-7251, que irá permitir que validadores individuais de blocos possam colocar mais que os 32 ETH de máximo que são permitidos atualmente. O novo teto será de 2048 ETH, o que tem como objetivo reduzir a complexidade de validação de blocos no sistema. 

Outra mudança importante é a prevista na EIP 7702, proposta pelo criador da blockchain Ethereum, Vitalik Buterin. Essa mudança irá permitir que endereços possam funcionar temporariamente, durante uma transação, como smart contract wallets. Após a negociação, a carteira volta a ser apenas um endereço da blockchain. 

Essa mudança explora o conceito de account abstraction, que tem como objetivo de fazer operações de DeFi (finanças descentralizadas) da forma com menos atrito possível. 

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