Os fundos de investimentos em criptomoedas do Brasil captaram na última semana cerca de R$ 25 milhões, aumentando a capitação anual para R$ 1 bilhão, conforme dados do relatório da CoinShares publicado na segunda-feira (9).
Nos Estados Unidos, os ETFs de Bitcoin e Ethereum à vista testemunharam um apetite sem precedentes dos investidores institucionais este ano, e os números, especialmente em dezembro, continuam a impressionar.
Um recorde de US$ 3,85 bilhões entrou em fundos de ativos digitais na semana passada, impulsionado pela demanda insaciável de Wall Street.
Os ETFs iShares da BlackRock foram responsáveis por US$ 3,2 bilhões dessas entradas, elevando seu valor total de ativos cripto sob gestão para US$ 56,7 bilhões.
Os fluxos de entrada em produtos Ethereum também atingiram um novo recorde histórico de US$ 1,2 bilhão na semana passada, superando os volumes vistos quando a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) aprovou pela primeira vez os ETFs de Ethereum à vista dos EUA em julho, informou a CoinShares.
Os EUA agora se consolidaram como o principal mercado para produtos de investimento em ativos digitais, representando US$ 3,6 bilhões em entradas totais.
A Suíça ficou em um distante segundo lugar, com US$ 160 milhões, seguida pela Alemanha, Canadá e Austrália.
Tudo isso ocorre em meio a especulações de que os ETFs que acompanham o valor de criptomoedas menores, como XRP ou Solana, poderiam receber autorização para serem lançados após o retorno de Donald Trump ao Salão Oval em janeiro de 2025.
Na semana passada, foi confirmado que os emissores de ETFs de Wall Street agora possuem coletivamente mais Bitcoin do que qualquer outra pessoa, incluindo o criador da criptomoeda, Satoshi Nakamoto.
A capitalização de mercado total dos ETFs de Bitcoin é agora de US$ 109 bilhões, segundo dados do CoinGlass — mais do que a MicroStrategy e a Binance juntas.
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No entanto, a análise da CryptoQuant sugere que toda essa atividade de compra foi superada por vendas de detentores de Bitcoin de longo prazo, que se desfizeram de 827.783 BTC nos últimos 30 dias.
Isso poderia explicar por que o Bitcoin tem se esforçado para manter o ímpeto acima de US$ 100 mil desde que atingiu o preço de referência pela primeira vez na semana passada. No momento em que este artigo foi escrito, o preço do Bitcoin estava próximo de US$ 97 mil, depois de cair abaixo do valor de seis dígitos na segunda-feira.
O crescimento do BTC – que acabou levando a uma capitalização de mercado acima de US$ 2 trilhões e o tornou mais valioso do que o dólar australiano – tem sido amplamente atribuído ao interesse institucional por meio de ETFs em vez de investidores comuns.
O iminente retorno de Trump à Casa Branca, impulsionado por uma série de promessas pró-Bitcoin, também está desempenhando um papel importante. Ele agora nomeou um “czar das criptomoedas” na forma do empresário David Sacks, com Paul Atkins escolhido para liderar a SEC. Os defensores do setor veem Atkins como um candidato favorável às criptomoedas, destinado a acabar com um regime hostil imposto durante o mandato do atual presidente da SEC, Gary Gensler.
O comentarista financeiro independente Chris Skinner, que dirige o blog The Finanser, disse ao Decrypt que o presidente eleito “tornou as criptomoedas respeitáveis”.
“O resultado é que os ETFs florescerão nos próximos quatro anos, assim como todo o setor de criptomoedas”, escreveu ele em um e-mail. “Isso não é uma jogada de Bitcoin, mas uma jogada na institucionalização da criptomoeda, que os libertários nunca quiseram, mas era inevitável.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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