Vários grandes bancos dos EUA foram adicionados como parceiros do ETF de Bitcoin à vista da BlackRock desde que o produto foi lançado em janeiro deste ano, incluindo Goldman Sachs, proeminente gigante de Wall Street que por anos não levou a sério as criptomoedas.
Em mudanças de pós-registro apresentadas nesta sexta-feira (5), a BlackRock nomeou Citadel, Goldman Sachs, UBS e Citigroup como “participantes autorizados” de seu iShares Bitcoin Trust (IBIT). Um participante autorizado é responsável por criar e resgatar cotas do fundo para manter o preço do IBIT próximo ao do Bitcoin (BTC).
A BlackRock confirmou ao Decrypt sobre a adição dos novos bancos. “Participantes autorizados adicionais podem ser incluídos a qualquer momento, sujeitos ao critério do patrocinador”, diz o prospecto alterado da BlackRock.
Os quatro novos bancos se juntam a uma notória lista que inclui ABN AMRO, JP Morgan, Jane Street, Macquarie Capital e Virtu, que foram nomeados pela BlackRock como parceiros no registro de 10 de janeiro, um dia antes do lançamento oficial do fundo.
Embora a notícia sobre as novas adições esteja circulando agora, os registros mostram que Goldman, UBS e Citigroup foram adicionados como participantes autorizados já em 4 de março. Rumores de que a Goldman Sachs poderia se juntar à BlackRock e à Grayscale circulam há meses.
Sua inclusão aparentemente contraria as opiniões dos próprios executivos do banco sobre a indústria das criptomoedas. Durante uma recente entrevista, Sharmin Mossavar-Rahmani, CIO da unidade de gestão de patrimônio do banco, disse que criptomoedas “não eram uma classe de ativos de investimento” e que ela e os clientes “não acreditam nas criptomoedas”.
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Dito isso, o Goldman Sachs também tem uma unidade dedicada a ativos digitais, cujo líder da Ásia-Pacífico, Max Milton, disse no mês passado que seus “maiores clientes estão ativos ou explorando se tornarem ativos no espaço”.
Enquanto isso, o CIO da Bitwise, Matt Hougan — cuja empresa administra um ETF Bitcoin à vista rival — citou a grande demanda de clientes de varejo e fundos de hedge e diz que o crescimento do ETF “continuará por anos”, à medida que as plataformas de contas nacionais adotam lentamente os produtos.
“Conclusão: as grandes empresas agora querem uma parte da ação e/ou agora estão bem em serem publicamente associadas a isso”, disse na sexta-feira Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg.
Os ETFs Bitcoin absorveram mais de US$ 12 bilhões em fluxos líquidos desde o lançamento em 11 de janeiro. O ETF da BlackRock agora detém mais de US$ 16 bilhões em ativos.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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