Após o colapso da exchange de criptomoedas FTX, várias agências reguladoras dos EUA abriram investigações sobre a empresa de Sam Bankman-Fried e outras operadoras centralizadas enquanto o contágio negativo se alastra pelo mercado.
Agora, a Alabama Securities Commission e outros estados estão investigando a Genesis Global Capital, de acordo com a Barron’s.
O diretor da Comissão de Valores Mobiliários do Alabama, Joseph Borg, disse ao Barron’s que “vários outros estados” fazem parte da investigação, mas não nomeou quais estados são esses.
De acordo com o Barron’s, a investigação sobre a Genesis faz parte de uma investigação mais ampla sobre o quão conectadas estão muitas empresas de criptomoedas e se essas empresas violaram as leis estaduais de valores mobiliários.
Borg citou “as interdependências e conexões interligadas no espaço cripto” como um ponto de preocupação devido ao risco de contágio quando um player tão grande quanto a FTX falha. Até o momento, a Genesis não comentou a reportagem do Barron’s.
O contágio
Em 16 de novembro, a Genesis suspendeu os resgates de clientes e novas operações em seus negócios de empréstimo, citando “pedidos anormais de saque” após o colapso da FTX. A empresa teria buscado um investimento de emergência de US$ 1 bilhão antes de interromper os saques.
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Esse problema da Genesis fez com que a corretora de criptomoedas Gemini tivesse que avisar os clientes sobre atrasos nos saques de suas contas Earn, que operam por meio de uma parceria com a Genesis.
Em 21 de novembro, a Genesis alertou os investidores de que enfrentaria a possibilidade de falência se não conseguisse levantar capital.
“Não temos planos de declarar falência em breve”, disse um porta-voz da Genesis ao Decrypt. “Nosso objetivo é resolver a situação atual de forma consensual, sem a necessidade de qualquer declaração de falência. A Genesis continua a ter conversas construtivas com os credores.”
Em uma carta aos investidores de terça-feira (22), Barry Silbert, CEO da Digital Currency Group, controladora da Genesis, tentou parecer otimista, dizendo que, apesar de dever US$ 575 milhões à Genesis, a DCG tem um futuro forte.
“Nós resistimos a invernos cripto anteriores e, embora este possa parecer mais severo, coletivamente sairemos dele mais fortes”, escreveu Silbert.
Além das novas investigações, a Genesis ainda precisa se recuperar do colapso da Three Arrows Capital (3AC) no início deste ano, que deixou a empresa com uma dívida de US$ 2,3 bilhões.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.
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