A Marathon Digital Holdings, uma das maiores empresas de mineração de bitcoin dos Estados Unidos e listada na Nasdaq, revelou o quanto irá desembolsar para alcançar uma força computacional de 23,3 hexahashes em suas instalações, medida anunciada na semana passada.
Segundo comunicado da companhia à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na terça-feira (28), sua última compra de mineradoras da Bitmain vai custar US$ 879,1 milhões por 78.000 novas Antminers S19 XP.
Com a nova aquisição, a Marathon Digital espera ter 199.000 mineradoras em operação no início de 2023. A previsão é de que o nível computacional cresça na faixa de 600% até lá.
As máquinas, segundo a companhia, começarão a ser entregues mês a mês em sua sede em Las Vegas a partir de julho do ano que vem em lotes de 13.000 unidades. O pagamento dos produtos também será parcelado com adiantamento de 35% nas duas primeiras remessas e 30% na última.
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No mês passado, a Marathon Digital anunciou que iria tentar levantar US$ 500 milhões com emissão de títulos de dívida para aplicar o valor em compra de bitcoin e também reforçar sua operação de mineração.
Durante o ano, a companhia fez grandes compras de mineradores e, em outubro, garantiu uma linha de crédito rotativo de US$ 100 milhões com o Silvergate Bank. Em agosto, a Marathon já havia encomendado a compra de 30.000 Antminers de ponta da Bitmain, ao valor de US$ 120 milhões. Esses equipamentos estão previstos para começar a serem entregues a partir de janeiro.
EUA à frente da mineração de bitcoin
De acordo com um estudo da Universidade de Cambridge, os Estados Unidos se tornaram líderes globais na indústria de mineração de Bitcoin, em consequência da repressão da China ao setor.
Os EUA agora detém uma participação de 35,4% do mercado, em reflexo ao êxodo em massa de mineradores da China que deixaram o país após o governo chinês proibir a mineração no início deste ano. Os dados são de outubro passado.