Explosão nuclear
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A empresa de empréstimo de criptomoedas Genesis está se preparando para entrar com um pedido de recuperação judicial ainda nesta semana, segundo reportagem da agência de notícias Bloomberg publicada na tarde desta quarta-feira (18), citando fontes com o conhecimento da situação.

Caso se confirme, a quebra da Genesis tem potencial para abalar o mercado global de criptomoedas. A Genesis é controlada pelo Digital Currency Group (DCG), que também é dono da Grayscale Investments, que administra o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o maior fundo de Bitcoin do mundo, com 635 mil BTC na carteira. 

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Segundo a Bloomberg, as conversas entre a empresa e os credores caminham para um pedido feito seguindo o Capítulo 11 da lei de falências americana, que corresponde à antiga concordata no Brasil. Segundo essa regra, a empresa ganha na Justiça o direito de interromper os pagamentos aos credores e passa a ser administrada por um novo grupo de executivos.

Saúde financeira na corda bamba

Haviam temores sobre a saúde da Genesis desde o derretimento do projeto Terra, em maio do ano passado. Desde então, a empresa vinha se equilibrando em uma corda bamba financeira.

A situação piorou com o colapso da exchange FTX, em novembro. A Genesis interrompeu os saques de clientes de seu produto Earn, que gerava renda passiva em troca do empréstimo de criptomoedas. No total, o valor bloqueado está na casa dos US$ 900 milhões.

O bloqueio de saques afetou outras empresas, cujos clientes também utilizavam o programa de forma indireta. A principal delas foi a corretora Gemini, dos “gêmeos do Facebook”, os irmãos Winklevoss. Desde a interrupção a dupla estava em uma guerra aberta contra a administração da Genesis, em especial com o CEO do DCG, Barry Silbert.

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No início do ano, em carta aberta publicada no Twitter, Cameron Winklevoss subiu o tom ao exigir a demissão de Silbert. Cameron pediu que o conselho do DCG afastasse Silbert por sua “incapacidade em liderar a empresa e resolver os problemas” que ela enfrenta. 

Silbert, por sua vez, reagiu. Em comunicado aos acionistas da empresa, o presidente defendeu as decisões da companhia e criticou a campanha promovida pelos donos da Gemini contra o grupo. 

Segundo ele, as críticas de Winklevoss são “ataques maliciosos” e difamação. Silbert afirmou que a declaração da Gemini era “outro golpe publicitário desesperado e não construtivo” e que a empresa estava “preservando todos os recursos legais em resposta a esses ataques maliciosos, falsos e difamatórios”.

A SEC também está investigando a Genesis por possíveis violações das regras de valores mobiliários e contábeis, de acordo com o Wall Street Journal, que cita pessoas a par do assunto. 

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“Embora não comentemos sobre questões legais ou regulatórias específicas, a Genesis mantém um diálogo regular e coopera com os reguladores e autoridades relevantes quando recebe consultas”, disse uma porta-voz da Genesis. 

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