gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss
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Os gêmeos Winklevoss, líderes da corretora Gemini, estão perdendo a paciência com a Genesis, a plataforma de criptomoedas que interrompeu os saques em novembro, afetando diretamente os clientes da Gemini que usam o programa de rendimentos Earn.

Em carta aberta publicada nesta terça-feira (10) no Twitter, Cameron Winklevoss subiu o tom ao exigir a demissão de Barry Silbert do cargo de CEO do Digital Currency Group (DCG), holding que controla a Genesis.

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Cameron, que fundou a Gemini com seu irmão gêmeo Tyler Winklevoss — famosos por protagonizar um processo bilionário pela criação do Facebook — pediu que o conselho do DCG afaste Silbert por sua “incapacidade em liderar a empresa e resolver os problemas” que ela enfrenta atualmente.

“Não há caminho a seguir enquanto Barry Silbert permanecer como CEO do DCG”, cravou Winklevoss. “Ele provou ser incapaz de administrar o DCG ser relutante e incapaz de encontrar uma resolução com os credores que seja justa e razoável. Como resultado, a Gemini, agindo em nome de 340 mil usuários [do programa] Earn, solicita que o Conselho remova Barry Silbert como CEO, com efeito imediato, e instale um novo CEO, que corrigirá os erros ocorridos sob a supervisão de Barry.”

A expectativa do executivo é que com uma nova liderança no DCG, será possível trabalhar para alcançar uma solução extrajudicial para que os pagamentos voltem a acontecer.

Segundo Winklevoss, o DCG deve US$ 1,675 bilhão à Genesis, citando números combinados que Silbert compartilhou com investidores em novembro. Esse valor inclui um empréstimo de US$ 575 milhões com vencimento em maio, mais uma nota promissória de US$ 1,1 bilhão com vencimento em junho de 2032 vinculada ao colapso da Three Arrows Capital (3AC). Sem dinheiro em caixa, a Genesis não consegue pagar os rendimentos do programa Earn que oferece aos clientes da Gemini.

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Winklevoss diz que DCG cometeu fraude

Além de exigir a demissão de Barry Silbert em sua carta, Cameron Winklevoss também fez a acusação de que o empresário cometeu fraude financeira.

Winklevoss disse que a DCG “fingiu” tapar o buraco de US$ 1,2 bilhão deixado nos negócios de empréstimos da Genesis após o colapso do fundo de hedge cripto Three Arrows Capital.

A acusação de Winklevoss é que a empresa cometeu “fraude contábil” ao deturpar o balanço patrimonial da Genesis, simulando que o caixa da empresa estava mais saudável do que era a realidade.

“Essas representações falsas foram um truque para fazer parecer que a Genesis era solvente e capaz de cumprir suas obrigações com seus credores, sem que o DCG realmente se comprometesse com o apoio financeiro necessário para torná-lo verdadeiro”, acusou Winklevoss.

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