Crise das altcoins leva dominância do bitcoin ao maior nível em quase um ano

Peso da principal criptomoeda no mercado chegou a 47,52%, a maior participação desde julho de 2021
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Foto: Shutterstock

A dominância do bitcoin no valor de mercado total das criptomoedas chegou a 47,52% na segunda-feira (6), o nível mais alto visto em 11 meses.

De acordo com dados do portal Trading View, uma porcentagem tão alta da dominância do criptoativo líder do setor não era vista desde o dia 31 de julho de 2021.

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A dominância é uma estatística que representa a participação de uma criptomoeda na capitalização total do mercado cripto.

O bitcoin, por ser a mais antiga e importante criptomoeda do mundo, sempre representou a maior parte da capitalização do mercado, que nesta terça-feira (7), está por volta de US$ 1,230 trilhão. Sozinho, o bitcoin representa US$ 570 bilhões desse total, segundo o CoinMarketCap

O cenário de hoje é bem diferente do visto em janeiro desde ano, quando a dominância do bitcoin bateu seu pior nível em três anos, ficando no patamar de 37,6%.

Dominância do bitcoin
Dominância do bitcoin bateu 47,52% na segunda-feira (6) (Fonte: Trading View)

Queda das altcoins fortalece bitcoin

Um crescimento significativo da dominância do bitcoin no mercado significa que as altcoins estão perdendo força nesse momento de crise prolongada.

O Ethereum (ETH), por exemplo, viu sua dominância cair para 17,74% nesse início da semana, o nível mais baixo desde outubro de 2021 para a segunda maior moeda do setor.

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A perda da força do ether ilustra a mesma situação de muitas altcoins que, assim como o bitcoin, enfrentam quedas de preços significativas nos últimos meses.

A diferença é que, à medida que as altcoins não são mais capazes de oferecer os retornos esperados aos investidores, esse grupo prefere investir seu dinheiro em uma opção vista como mais “segura” a longo prazo, como o bitcoin. 

Essa volta de capital ao BTC está se intensificando desde o início de maio, época em que a dominância do ativo estava por volta dos 40%. 

Um evento que fortaleceu a narrativa do bitcoin como investimento mais seguro foi o colapso do ecossistema Terra no mês passado, que levou a zero preço do UST e LUNC — como agora é chamada a versão antiga da LUNA.

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Desde do início do ano, o ativo brilhou os olhos dos investidores ao dar retornos expressivos, mas a sua morte serviu de alerta de risco para as altcoins como um todo.

E não é só a LUNC que praticamente morreu no mês passado. Pelo menos cinco ativos que eram considerados promissores registraram, no final de maio, desvalorizações de mais de 90% em relação a seus recordes de preço. Nesta lista estavam tokens como EOS, Filecoin (FIL), Internet Computer (ICP),  dYdX (DYDX) e LooksRare (LOOKS).