Uma pesquisa global da Big Four Deloitte sobre blockchain revelou que 76% dos profissionais de finanças acreditam que as criptomoedas vão servir como uma forte alternativa ou até mesmo substituir as moedas fiduciárias nos próximos 5 a 10 anos.
A Deloitte, que é uma das quatro grandes empresas de auditoria, juntamente com a KPMG, Ernst & Young e PwC, todo ano realiza uma pesquisa sobre blockchain. Este é o quarto relatório anual da empresa e o primeiro a cobrir explicitamente as atividades comerciais baseadas por meio da tecnologia blockchain.
A empresa entrevistou mais de 1.000 profissionais de finanças baseados no Brasil, China, Hong Kong, Japão, Cingapura, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. A equipe da Deloitte inquiriu os participantes entre os dias 24 de março e 10 de abril, no ápice das criptomoedas neste ano.
Segundo o relatório, 81% dos entrevistados concordaram que a tecnologia é “amplamente escalonável e alcançou o seu objetivo”. 73% acham que seus negócios deveriam adotar blockchain e ativos digitais, e perderiam uma vantagem competitiva se não adotassem a tecnologia.
Crimes cibernéticos e regulação das criptomoedas
65% dos profissionais de finanças consideram a infraestrutura financeira existente um dos maiores obstáculos para a aceitação de ativos digitais. 63% acham que a cibersegurança é outra barreira e 60% citaram obstáculos regulatórios.
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As preocupações não são surpreendentes, uma vez que as estruturas jurídicas e as infraestruturas técnicas ainda precisam acompanhar o setor de criptomoedas, cuja tecnologia ainda é recente, criada há pouco mais de uma década. Há também muitas violações de segurança cibernética, o que afugenta as empresas de alto risco.
Apesar dos desafios, as criptomoedas têm um forte apelo entre os profissionais de finanças. Quando se tratou da questão de como elas seriam introduzidas, 43% dos entrevistados disseram que seus negócios podem eventualmente adotá-las como opção de pagamento e 45% tokenizar seus ativos.
Ainda conforme o relatório, 44% disseram que as criptomoedas permitiriam que sua instituição tivesse acesso a finanças descentralizadas, um conjunto de aplicativos e protocolos financeiros não custodiados, usados por usuários de ativos virtuais.
Dito isso, será que esses profissionais entrevistados teriam respondido de forma diferente se a pesquisa tivesse ocorrido durante o crash de maio?
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co