Imagem da matéria: Criador do Mozilla critica fundação do projeto por aceitar criptomoedas: "Golpistas de ponzi"
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A Mozilla Foundation, a organização sem fins lucrativos por trás do popular navegador de internet Firefox, anunciou no último sábado (1º) que começou a aceitar doações em dogecoin (DOGE) usando BitPay. A comunidade de código aberto não ficou impressionada.

A reação foi imediata, conforme alguns até ameaçaram cancelar suas doações à fundação. Porém, o que esses críticos não puderam compreender é que Mozilla aceita doações em criptomoedas desde 2014.

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No entanto, um dos maiores críticos do envolvimento com criptoativos da doação veio do próprio cofundador do Mozilla.

“Oi. Tenho certeza de que qualquer pessoa que comande essa conta não faz ideia de quem sou, mas fundei @mozilla e estou aqui para dizer f***-se você e f***-se isso”, tuitou o cofundador Jamie Zawinski.

“Todos que estão envolvidos no projeto devem se sentir extremamente envergonhados dessa decisão de se unir a golpistas de Ponzi que incineram o planeta”.

Zawinski cofundou Mozilla em 2018, deixando o projeto em 1999 para se dedicar a outros empreendimentos. O projeto Mozilla lançou a primeira versão de seu navegador Mozilla em 2002.

Em 2004, Mozilla lançou o navegador Firefox, que continua sendo um dos mais populares navegadores de internet de código aberto, com mais de 211 milhões de usuários ativos registrados em dezembro de 2021.

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Mozilla começou a aceitar doações em bitcoin (BTC) e outras criptomoedas em novembro de 2014 – na época, via Coinbase.

Usando BitPay, Mozilla pode aceitar uma variedade de criptomoedas como doação, incluindo bitcoin (BTC), bitcoin cash (BCH), ether (ETH), dogecoin (DOGE), litecoin (LTC), USD Coin (USDC) e Shiba Inu (SHIB).

Porém, é importante destacar que, afinal de contas, Mozilla não irá receber e armazenar as criptomoedas.

Usando BitPay, uma doação em criptomoedas é enviada ao serviço de pagamentos e convertida na moeda que o destinatário (nesse caso, Mozilla) quiser receber do outro lado. Mas essa nuance provavelmente não faz diferença aos críticos de criptoativos.

O impacto ambiental das criptomoedas se tornou um grande debate e uma crítica comum que incide à indústria.

É sabido que blockchains proof of work (ou PoW), como Bitcoin e Ethereum, exigem um alto consumo de energia e suas respectivas pegadas ambientais equivalem à de alguns países.

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Nessa terça-feira (4), o Kosovo baniu a mineração de bitcoin após um comitê ter recomendado a proibição da prática após declarar um estado de emergência de energia de 60 dias.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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