Imagem da matéria: Criador do Ethereum, Vitalik Buterin, é capa da revista TIME
Foto: Reprodução/TIME

Sair na na capa da “TIME” é uma espécie de selo de aprovação do status de fama e relevância nos Estados Unidos e no mundo. Agora Vitalik Buterin, criador da blockchain Ethereum, faz parte deste seleto grupo.

O programador russo-canadense recebeu um longo perfil, no qual contou sua trajetória, sua visão para onde gostaria que Ethereum caminhasse, os desafios de descentralização versus controle e assumiu de vez que irá ter um papel mais político e menos neutro diante das várias questões sociais.

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“Se não usarmos nossa voz, as únicas coisas que serão construídas serão coisas visando lucro imediato. E essas, geralmente, estão longe de ser no melhor interesse do mundo”, disse Vitalik.

O “Príncipe das Criptomoedas“, como foi chamado pela revista na chamada de capa, cutucou com especial ênfase a obsessão pelos NFTs e, especificamente, pela caríssima coleção dos Bored Apes.

Falando sobre o uso de criptomoedas para auxiliar o exército da Ucrânia na guerra contra a Rússia, o programador disse que a situação serviu para lembrar que essa classe de ativos tem uso muito mais importantes do que “jogar game com imagens de milhões de dólares de macacos”.

Em outro momento, Vitalik ressalta que investidores muito gananciosos elevam as taxas de transação e mostram uma imagem de ostentação desmedida para a sociedade. “O perigo é que você tem macacos de US$ 3 milhões e isso se torna uma tipo diferente de aposta”.

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O preço do gas (nome para a taxa de transação na rede) são uma constante reclamação e o criador da Ethereum não só está consciente disso, como vê como um grande problema: os projetos sociais (votação por blockchain, renda básica universal, programas de educação) ficam de lado em prol de projetos financeiros que aceitam pagar muito para suas transações serem validadas primeiro.

Entre vários assuntos abordados, a entrevista para a TIME foi mais do que tudo o momento de Buterin se politizar: “Uma das decisões que tomei em 2022 é de assumir mais riscos e ser menos neutro. Eu prefiro que Ethereum ofenda algumas pessoas do que se torne algo que não se imponha contra nada”.

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