O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, compartilhou um novo roadmap que traça o que está sendo desenvolvido no momento e o que podemos aguardar para o futuro da segunda maior criptomoeda do mundo.
O diagrama veio em comemoração ao aniversário de um ano do lançamento da Beacon Chain, a cadeia baseada no consenso de prova de participação (PoS) que vai colocar um fim na mineração tradicional do Ethereum feita através da prova de trabalho (PoW).
O Ethereum 2.0 é a atualização mais aguardada para o futuro do Ethereum e engloba todo esse processo de fusão (“merge”, no inglês) da Beacon Chain na rede principal.
O roadmap em forma de diagrama feito por Buterin indica que existem cinco etapas para a implementação do Ethereum 2.0, das quais duas já estão finalizadas: especificações da fusão completa e um demo dos validadores distribuídos.
Uma barra verde em cada caixa das etapas indica o seu avanço e sinaliza que ainda há trabalho a ser feito para a chegada da fusão. Entre as etapas ligadas diretamente à fusão, a barra da caixa de “melhorias nas escolhas do fork” é a mais avançada e está mais de 60% completa.
Barreiras no mapa do Ethereum
Já a barra de “redes de teste” parece estar cerca de 40% finalizada. A implementação dos validadores distribuídos após a fase de testes é a etapa mais atrasada, por volta de 10% concluída até o momento.
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Embora esclareça a trajetória até a chegada da fusão, o roadmap não deixa claro quanto tempo ainda vai levar para que as etapas sejam concluídas. No entanto, há três etapas importantes que ainda não foram finalizadas — duas delas nem na metade de conclusão — o que coloca em dúvida se de fato a fusão acontece no início de 2022 como previsto.
Um possível atraso já havia sido sinalizado no mês passado, quando foi anunciada a atualização “Arrow Glacier” do Ethereum. O único propósito do upgrade que acontece nesta quinta-feira (9) é adiar a “bomba de dificuldade” de mineração que seria ativada de forma automática em dezembro.
A “Bomba de Dificuldade” de Ethereum é um mecanismo de preparação (mas não essencial) para a chegada do Ethereum 2.0 que vai aumentar o nível de dificuldade da mineração para forçar a adoção da Beacon Chain.
O seu atraso confirma que a fusão não vai acontecer ainda neste ano. A expectativa dos desenvolvedores envolvidos nesta etapa é que a fusão aconteça antes de julho de 2022 e que não será mais preciso adiar a bomba de dificuldade pela sexta vez. Mesmo assim, ainda não há qualquer data confirmada para a fusão.
O que há além do The Merge?
Além da etapa de fusão da Beacon Chain na rede principal do Ethereum, o roadmap compartilhado por Vitalik Buterin também amplia o roteiro de melhorias que chegam no projeto nos próximos anos.
A etapa “The Surge”, por exemplo, está diretamente ligada ao Ethereum 2.0 e vai implementar o mecanismo de sharding (fragmentação) para rollups, uma peça essencial para melhorar a escalabilidade da rede.
Outros projetos que estão sendo criados no Ethereum é o “The Verge”, que envolve a implantação de árvores Verkle e recursos relacionados; o “The Purge” que pretende eliminar dados históricos e débitos técnicos, “The Splurge”, etapa que introduz extras diversos para o Ethereum “mas importantes”, na visão de Buterin.