O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu provisoriamente o processo de extradição para os Estados Unidos do criador da Telexfree Carlos Nataniel Wanzeler depois que a defesa do acusado solicitou a rescisão da regra que o fez perder a cidadania brasileira. As informações são do jornal A Gazeta.
Wanzeler, que tem cidadania ameriana, está preso no Brasil desde fevereiro a pedido da Justiça dos EUA. Em setembro, por decisão unânime, o STF atendeu o pedido do governo americano e autorizou a extradição do acusado de pirâmide financeira.
No entanto, a defesa do acusado entrou com um embargo de declaração contra o pedido dos EUA, onde solicitou a rescisão da regra que o fez perder a cidadania brasileira.
A decisão temporária, segundo o jornal, foi do ministro Marco Aurélio.
No início do mês, o ministro relator Ricardo Lewandowski havia enviado o embargo em desfavor ao governo do EUA para ser apreciado pela Procuradoria Geral da União.
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Segundo o jornal, um dos advogados de Wanzeler, Rafael Lima, acredita que ser for restabelecida a situação de brasileiro nato, seu cliente não poderá ser extraditado. Caso vá para os EUA, ele pode ficar preso por até 30 anos.
Caso Telexfree
No Brasil, a Telexfree era comandada por Carlos Costa; nos EUA, Wanzeler, que maio do ano passado perdeu a cidadania brasileira.
O esquema aplicado pela Telexfree era o de supostas vendas de pacotes de telefonia que não passava de fachada.
Para divulgar o produto, a empresa adotou um sistema de marketing multinível. Para obter lucro, o ‘divulgador’ teria que comprar e revender pacotes para quem quisesse entrar no negócio. Desta forma, ele ganhava um bônus por indicação.
A recompensa estimulava o crescimento da rede, mas que passaria a ser insustentável quando parasse de entrar pessoas, um desfecho certo em qualquer esquema de pirâmide.